Em reunião extraordinária no mês passado, três conselheiros pediram vista do processo para analisar o parecer técnico da Superintendência Regional de Regularização Ambiental (Supram). Antes da reunião, no entanto, o Ministério Público publicou parecer sobre o pedido de vista questionando o conteúdo do relatório técnico. A Supram publicou adendo com explicações sobre as dúvidas suscitadas pelo MP. O promotor Mauro da Fonseca Ellovitch considerou suficiente as explicações dadas pelos técnicos, mas solicitou o acréscimo de condicionantes ambientais pontuais ao licenciamento.
A entrada em funcionamento do TPS 3 deve liberar aproximadamente 40% do setor de embarque e desembarque do terminal principal, o que contribui para desafogar as operações de Confins. As operações internacionais serão todas feitas no edifício novo. O terminal de passageiros 1 (TPS 1) ficará apenas com as rotas domésticas. Nos últimos anos, o aeroporto opera com capacidade superior ao limite. Na prática, isso é sinônimo de maior desconforto para os passageiros.
O TPS 3 aumenta a capacidade operacional do aeroporto em 4,3 milhões de passageiros por ano. O setor internacional vai ocupar área de 5,4 mil metros quadrados. Será possível processar três voos internacionais simultaneamente.
Antes da Copa do Mundo de 2014, o plano da Infraero, antiga administradora do aeroporto, era modernizar o espaço disponível para ampliar a capacidade do terminal. A obra foi interrompida pela metade. Não há data para a retomada da construção. O contrato com as empresas contratadas é discutido judicialmente.
Enquanto isso, a BH Airport assume algumas intervenções que integram o escopo desse projeto. A empresa negocia com os órgãos reguladores a possibilidade de assumir todo o projeto, o que implicaria em reequilíbrio do contrato de concessão. A empresa ainda aguarda definição jurídica. Assim que for retirada a ala internacional do terminal principal, a concessionária deve fazer alterações no espaço para melhorar os serviços prestados. Além disso, mudanças devem ser feitas nas obras executadas ainda sob a gestão da Infraero. Entre as alterações, a empresa deve retirar parte dos jardins criados no primeiro piso e as lojas comerciais devem ser reposicionadas para dar maior amplitude ao espaço.
Atraso Com o início da gestão da BH Airport, faz parte do contrato a entrega de um segundo terminal até abril do ano que vem. A obra deve suprir o aumento da demanda nos próximos anos. Mas a concessionária já afirmou que não vai cumprir o prazo estabelecido. A empresa alega que o atraso se deve ao processo de licenciamento. A proposta é entregar em etapas o espaço. A expectativa da Supram é que o processo de licenciamento do TPS 2 seja analisado na próxima reunião colegiada do Copam ainda em setembro.