A produção industrial caiu 1,5% em julho ante junho, divulgou na manhã desta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a segunda queda seguida e a maior desde dezembro de 2014, quando houve recuo de 1,8%. O resultado surpreendeu os analistas, que esperavam, na pior das hipóteses, uma retração de 0,6% na atividade nesse confronto.
Em relação a julho de 2014, a produção caiu 8,9%, a mais intensa para julho desde 2009, nessa base de comparação. Naquele mês, a retração havia sido de 10%. O índice também pior do que o esperado. Nesta comparação, sem ajuste, as 38 estimativas variavam desde queda de 7,3% a retração de 5%, com mediana negativa de 6,3%. No ano, a produção da indústria acumula queda de 6,6% até julho, diz o IBGE. Já em 12 meses, o recuo é de 5,3%.
De junho para julho, o recuo na atividade fabril foi puxado, principalmente, pelo setor de alimentos, com queda de 6,2%, ante alta de 4,3% no mês anterior. Ao todo, 14 dos 24 ramos investigados pelo órgão tiveram retração na produção na passagem do mês. Outros destaques negativos foram bebidas (-6,2%), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,7%), indústrias extrativas (-1,5%), produtos de madeira (-7,6%) e produtos de metal (-1,8%).
Por outro lado, estão entre os que tiveram crescimento na produção em julho ante junho os segmentos de máquinas e equipamentos (6,5%), veículos automotores (1,4%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,2%). (Com agências)