Rio, 02 - A produção da indústria de bens de capital caiu 1,9% em julho ante junho, enquanto na comparação com julho de 2014 o indicador mostrou queda de 27,8%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), divulgada na manhã desta quarta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado do ano, houve queda de 20,9% na produção de bens de capital em relação a igual período de 2014. Já no acumulado em 12 meses até julho, o recuo é de 16,8%.
Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou queda de 1,1% na produção na passagem de junho para julho. Já na comparação com julho do ano passado, houve recuo de 10,1%. No acumulado do ano, a queda é de 8,7%, enquanto a taxa em 12 meses é de -6,2%.
Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de julho exibiu aumento de 9,6% na produção ante junho e queda de 13,7% em relação a igual mês de 2014. Entre os semiduráveis e os não duráveis, a produção caiu 3,4% em julho ante junho e recuou 9,2% na comparação com julho do ano passado.
No caso dos bens intermediários, o IBGE informou que a produção diminuiu 2,1% em julho ante junho. Em relação a julho de 2014, essa atividade caiu 5,6%. No acumulado do ano, o instituto observou queda de 3,4% na produção da categoria, enquanto a taxa em 12 meses ficou em -3,2%.
Alimentos
A produção de alimentos caiu 6,2% em julho ante junho e exerceu a principal influência negativa na queda de 1,5% na indústria no período, apontou o IBGE. O resultado surpreendeu os analistas, que esperavam, na pior das hipóteses, uma retração de 0,6% na atividade nesse confronto.
Ao todo, 14 dos 24 ramos investigados pelo órgão tiveram retração na produção na passagem do mês. Outros destaques negativos foram bebidas (-6,2%), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,7%), indústrias extrativas (-1,5%), produtos de madeira (-7,6%) e produtos de metal (-1,8%).
Por outro lado, estão entre os que tiveram crescimento na produção em julho ante junho os segmentos de máquinas e equipamentos (6,5%), veículos automotores (1,4%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,2%).