A primeira revisão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para a situação de chuvas e dos reservatórios de água durante o mês de setembro se mostrou mais otimista do que a percepção anunciada na sexta-feira passada. A afluência da região Sudeste/Centro-Oeste, responsável por 70% da capacidade de armazenamento de água do País, será equivalente a 89% da média histórica para meses de setembro. Na semana passada, o número projetado era de 81%. Com isso, a perspectiva para o nível de água armazenada nos reservatórios foi elevada dos 28,9% iniciais para 29,7%. Ontem, os reservatórios da região registravam o equivalente a 33,79% da capacidade de reservação.
As previsões para as regiões Sul e Norte também continuam sendo as mais favoráveis do País. A ENA da região Sul deve ser equivalente a 105% da média histórica, acima dos 80% esperados uma semana atrás. O nível dos reservatórios, com isso, deve subir dos 74,13% registrados ontem para 88,5% no dia 30 de dezembro.
No Norte, a afluência prevista para o próximo mês é de 78% da MLT, idêntico à semana passada. Os reservatórios terminarão o mês de setembro com o equivalente a 49,3% da capacidade de armazenamento. Ontem, esse número estava em 59,76%.
Carga
O ONS também anunciou hoje que a carga no mês de setembro deve atingir 62.776 MW médios, o que representa uma queda de 3,9% em relação ao número registrado no mesmo período do ano passado. Na semana passada, o ONS falava em 63.456 MW médios e retração de 2,9%.
A queda é sustentada pela retração de 5,3% na carga prevista nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul. A carga da região Nordeste deve ficar estável, enquanto na região Norte a expectativa é de aumento de 1,9%.
CMO
A redução da projeção de ENA em todos os submercados também refletiu no cálculo do Custo Marginal de Operação (CMO) previsto para a semana entre 5 e 11 de setembro. O valor estabelecido para os submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte ficou em R$ 227,15/MWh, abaixo dos 260,37/MWh da semana passada. O indicador, dessa forma, encolheu 12,8%. Na região Nordeste, a queda foi menor, de 8%, para R$ 239,56/MWh.
O CMO é o indicador de custo que baliza o preço de liquidação das diferenças (PLD) do mercado spot de energia. Mais cedo, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) comunicou a queda de 11% no PLD de todos os submercados, para R$ 245,97/MWh. Ao contrário do que ocorre normalmente, nesta sexta-feira a divulgação do IPMO ocorreu mais tarde, após inclusive da divulgação do PLD.