Mesmo ressaltando que o governo não irá cortar os programas de transferência de renda como o Bolsa Família, o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, afirmou nesta terça-feira, 8, que o governo terá de ajustar um dos seus maiores programas habitacionais, a terceira etapa do programa Minha Casa Minha Vida, à realidade econômica do país. Berzoini reafirmou a continuidade do programa, mas ponderou seu "grande impacto social e orçamentário".
"O Minha Casa, Minha Vida é um programa que tem mais de 1,4 milhão de casas para serem entregues na fase dois, é um programa de grande impacto social e orçamentário e, na fase três, vai ser a continuidade disso, evidentemente ajustada com a disponibilidade orçamentária", afirmou após a reunião de coordenação política realizada nesta terça-feira.
O ministro das Comunicações repetiu, quase que literalmente, a fala do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, na semana passada durante a divulgação do Projeto de Lei Orçamentária Anual. "Estamos fazendo uma proposta orçamentária. Estamos fixando o valor para o próximo ano. Procuramos fazer uma proposta de despesa bem realista e adequada à realidade de recursos. No Minha Casa Minha Vida, boa parte dos recursos está alocada para concluir as unidades que estão em andamento, na fase dois. Devem ser concluídas até o final do ano. Vamos começar a fase três com novas contratações, mas em velocidade menor", afirmou Barbosa na semana passada.
Após a reunião de coordenação política desta terça-feira, Berzoini ressaltou que o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, irá divulgar o plano do Minha Casa Minha Vida assim que a estratégia do governo estiver desenhada.