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Estado de Minas

Polícia Federal investiga ex-jogador Edílson em operação contra fraudes nas loterias

Esquema desviava dinheiro que não era sacado pelos ganhadores e deveria ser destinado ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Ex-jogador de futebol da Seleção Brasileira está entre os suspeitos


postado em 10/09/2015 11:07 / atualizado em 10/09/2015 16:40

Edílson, de 44 anos, foi atacante de alguns dos principais times do País, como Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Vasco, Cruzeiro, Bahia e Vitória(foto: MARCOS MENDES)
Edílson, de 44 anos, foi atacante de alguns dos principais times do País, como Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Vasco, Cruzeiro, Bahia e Vitória (foto: MARCOS MENDES)

Policiais federais fazem uma operação na manhã dessa quinta-feira para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar pagamentos de loterias da Caixa Econômica Federal. De acordo com a corporação, o esquema desviava o dinheiro que não era sacado pelos ganhadores e que deveria ser destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

O ex-jogador da Seleção Brasileira Edílson da Silva Ferreira, mais conhecido como Edílson Capetinha, pentacampeão do mundo em 2002, é um dos alvos da Operação Desventura. A polícia cumpriu um mandado de busca na residência de Edílson, em Salvador. O ex-atleta, de 44 anos, foi atacante de alguns dos principais times do País, como Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Vasco, Cruzeiro, Bahia e Vitória. Em 2002, ele fez parte do elenco que conquistou o último título mundial da Seleção Brasileira, disputado na Ásia.

Segundo as investigações, o esquema criminoso contava com a ajuda de correntistas da Caixa, que eram escolhidos por movimentarem grandes volumes financeiros. A Polícia Federal afirma que esses correntistas recrutavam gerentes do banco para ajudarem na fraude. A PF afirmou que Edílson Capetinha fazia parte do grupo dos correntistas. O em.com.br tentou contato com a assessoria de imprensa do jogador, mas as ligações não foram atendidas.

Cerca de 250 agentes cumprem 54 mandados judiciais em Goiás, Bahia, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal. Cinco mandados são de prisão preventiva, oito de prisão temporária, 22 de condução coercitivas e 19 de busca e apreensão.

As investigações apontam que os valores podem atingir cifras milionárias. Em 2014, por exemplo, os ganhadores de loteria deixaram de resgatar 270,5 milhões em prêmios da Mega-Sena, Loteca, Lotofácil, Lotogol, Quina, Lotomania, Dupla-sena e Timemania.

Os gerentes mobilizados pelos correntistas ficavam encarregados de viabilizar o recebimento do prêmio por meio de suas senhas, validando, de forma irregular, os bilhetes falsos. Durante as investigações, um integrante da quadrilha chegou a ser preso quando tentava aliciar um gerente para o saque de um bilhete de loteria no valor de R$ 3 milhões. Dias depois de ser liberado pela polícia, o homem foi assassinado. O crime ainda está sendo investigado.

Durante a investigação, a Polícia Federal identificou ainda a atuação de um doleiro na organização criminosa, além da prática de outros delitos como fraude na utilização de financiamentos do BNDES e do Construcard e da liberação irregular de gravames de veículos.

Os envolvidos deverão responder por organização criminosa, estelionato qualificado, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, falsificação de documento público, evasão de divisas. Segundo a polícia, a investigação conta com o apoio do Setor de Segurança Bancária Nacional da Caixa Econômica Federal.

(Com Agência Estado)


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