O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou hoje que o fluxo de crédito rural para custeio e comercialização da safra agrícola 2015/2016 totalizou R$ 20,9 bilhões nos meses de julho e agosto. Cresceu, portanto, 4% em relação às contratações no mesmo bimestre do ano passado, de acordo com o secretário de Política Agrícola do ministério, André Nassar.
Segundo Nassar, as contratações fluem dentro das previsões do ministério, com destaque para desembolsos do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). As linhas de financiamento indicam crescimento de 64% na oferta de crédito para produtores de porte médio, com liberações de R$ 4,2 bilhões no bimestre, ante R$ 2,5 bilhões em igual período de 2014.
Dados do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro, administrado pelo Banco Central, revelam que o total financiado pelos bancos públicos, com "juros controlados", atingiu R$ 12,2 bilhões, incluindo recursos obrigatórios, poupança rural e fundos constitucionais.
Os bancos privados somaram R$ 6,7 bilhões e as cooperativas de crédito, R$ 1,9 bilhão. Do total, R$ 2,6 bilhões foram financiados com juros livres.
Os médios agricultores, com faturamento anual até R$ 1,6 milhão, tomaram R$ 4,2 bilhões em crédito rural. Os grandes produtores contrataram R$ 16,7 bilhões. Conforme André Nassar, a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) contabilizou R$ 169 milhões nos dois meses em análise. Segundo ele, a expectativa é que nos próximos meses haja maior procura pelo papel, que “está começando a decolar”.
Dos recursos disponibilizados no Plano Safra 2015/2016, R$ 94,5 bilhões terão juros controlados de 8,75% ao ano para grandes produtores e R$ 18,9 bilhões, no âmbito do Pronamp, juros controlados de 7,75 ao ano para custeio e de 7,5% para investimento.A juros livres, serão contratados R$ 53 bilhões.