Movimentando negócios da ordem de R$ 500 milhões e reunindo representantes de 26 países, a Exposição Internacional de Mineração, a Exposibram, transforma Belo Horizonte na capital mundial da mineração a partir de hoje. O tema da exposição em 2015 será “Mineração no mundo da inovação”, com debates e palestras sobre o futuro do setor e os desafios para os investimentos em mineração durante uma “nova era de preços das commodities”. Em sua 16ª edição, o evento ocorre em paralelo ao Congresso Brasileiro de Mineração, em que estão programados workshops e um talk-show sobre tendências e oportunidades no setor.
O evento também será palco para o lançamento de estudos e pesquisas recém-publicados sobre o setor, como o Guia de Boas Práticas Ambientais da Mineração em Áreas Cársticas e o Panorama da Mineração em Minas Gerais, que discutem a importância da indústria extrativa mineral para o estado com base em dados oficiais levantados junto aos principais municípios mineradores.
“Os avanços e inovações do setor, tema principal do evento deste ano, não tratam apenas de melhorias tecnológicas voltadas para a produção mineral. É também uma discussão mais profunda sobre o relacionamento com a sociedade e com os municípios e as renovações de comportamentos atuais. Em um mundo que vive transformações rápidas, queremos discutir qual é o papel da mineração neste contexto”, explica Marcelo Ribeiro Tunes, diretor de Assuntos Minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
Para Ribeiro, a oportunidade de reunir em Minas os principais atores no mercado mundial de mineração representa uma ótima chance de discutir opções sobre o planejamento das empresas brasileiras. A intenção é discutir questões como governança e gestão das mineradoras e avaliar casos bem-sucedidos que possam servir como exemplos a serem seguidos. “Em um momento em que temos queda no preço das commodities e uma readequação dos mercados em todo o mundo, é fundamental discutirmos as opções que se apresentam à nossa frente”, avalia Ribeiro.
As questões ambientais também terão espaço de destaque entre os participantes da Exposibram, que se tornou o maior evento da mineração na América Latina. Segundo Ribeiro, as discussões sobre formas sustentáveis de produção mineral e como as novas tecnologias permitem usos mais conscientes das riquezas naturais nunca estiveram tanto na pauta das grandes mineradoras.
“Durante muito tempo, quando se começou a discutir a questão ambiental, os temas meio ambiente e economia eram considerados antagônicos. Um não funcionava se o outro existisse. Com o tempo, isso foi se adequando. Hoje, temos ainda o componente social, formando um tripé para o desenvolvimento sustentável: ambiental, econômico e social. Discutir o que avançamos e o que podemos avançar ainda mais nesse tripé é fundamental para o setor se planejar nos próximos anos”, diz Ribeiro.
Para abrigar mais de 400 expositores nacionais e internacionais e 1,5 mil congressistas vindos de vários países foram investidos na montagens dos estandes e na logística da feira cerca de R$ 25 milhões. Nos quatro dias de evento, são esperados cerca de 60 mil participantes. “A primeira edição foi realizada em 1987 e reuniu cerca de 500 pessoas e 36 estantes, em São Paulo. A partir da sétima edição, realizada em 1997, Belo Horizonte se tornou a sede oficial e, desde então, o evento só vem crescendo”, lembrou Rinaldo Mancin, diretor de Assuntos Ambientais do Ibram.
Novos caminhos espalhados pelo país
Discussões sobre métodos mais seguros para a exploração mineral em minas de pequeno e médio portes, investimentos no setor de fertilizantes e as novas regras que estão sendo debatidas no Congresso Nacional envolvendo o novo marco regulatório da mineração serão temas de palestras e reuniões durante a Exposibram. Para o diretor de Assuntos Minerários do Ibram, Marcelo Ribeiro, é fundamental pensar no papel que cada produtor exerce no setor, independentemente do tamanho dos empreendimentos, e avaliar novos caminhos para a diversificação da atividade no Brasil.
“Os encontros do evento tratam também de pequenas e médias mineradoras, que têm papel importante e empregam uma grande mão de obra no país. A produção de mármore e granito, por exemplo, é atividade que emprega cerca de 200 mil trabalhadores, fator importante para as economias locais e que se espalha pelo país inteiro. É fundamental entender como essas empresas menores impactam o desenvolvimento regional e como estão as condições de trabalho nessas empresas”, ressalta Ribeiro.
Outro tópico que promete atrair muita atenção na exposição deste ano é a discussão sobre o fornecimento de insumos para fertilizantes. O aumento da potência do agronegócio na economia brasileira nos últimos anos tornou o país mais dependente de fertilizantes importados para atender a demandas em várias regiões produtoras. Empresas mineradoras discutem formas de tornar o país menos dependente do mercado externo e buscam investimentos para suprir insumos ao agronegócio. “Temos assuntos estratégicos para o país que estão ligados à atividade mineral, como o caso da produção de fertilizantes. Qual o melhor caminho para aumentar a produção desses insumos? Como diversificar esta produção?”, questiona Ribeiro.
O evento também será palco para o lançamento de estudos e pesquisas recém-publicados sobre o setor, como o Guia de Boas Práticas Ambientais da Mineração em Áreas Cársticas e o Panorama da Mineração em Minas Gerais, que discutem a importância da indústria extrativa mineral para o estado com base em dados oficiais levantados junto aos principais municípios mineradores.
“Os avanços e inovações do setor, tema principal do evento deste ano, não tratam apenas de melhorias tecnológicas voltadas para a produção mineral. É também uma discussão mais profunda sobre o relacionamento com a sociedade e com os municípios e as renovações de comportamentos atuais. Em um mundo que vive transformações rápidas, queremos discutir qual é o papel da mineração neste contexto”, explica Marcelo Ribeiro Tunes, diretor de Assuntos Minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
Para Ribeiro, a oportunidade de reunir em Minas os principais atores no mercado mundial de mineração representa uma ótima chance de discutir opções sobre o planejamento das empresas brasileiras. A intenção é discutir questões como governança e gestão das mineradoras e avaliar casos bem-sucedidos que possam servir como exemplos a serem seguidos. “Em um momento em que temos queda no preço das commodities e uma readequação dos mercados em todo o mundo, é fundamental discutirmos as opções que se apresentam à nossa frente”, avalia Ribeiro.
As questões ambientais também terão espaço de destaque entre os participantes da Exposibram, que se tornou o maior evento da mineração na América Latina. Segundo Ribeiro, as discussões sobre formas sustentáveis de produção mineral e como as novas tecnologias permitem usos mais conscientes das riquezas naturais nunca estiveram tanto na pauta das grandes mineradoras.
“Durante muito tempo, quando se começou a discutir a questão ambiental, os temas meio ambiente e economia eram considerados antagônicos. Um não funcionava se o outro existisse. Com o tempo, isso foi se adequando. Hoje, temos ainda o componente social, formando um tripé para o desenvolvimento sustentável: ambiental, econômico e social. Discutir o que avançamos e o que podemos avançar ainda mais nesse tripé é fundamental para o setor se planejar nos próximos anos”, diz Ribeiro.
Para abrigar mais de 400 expositores nacionais e internacionais e 1,5 mil congressistas vindos de vários países foram investidos na montagens dos estandes e na logística da feira cerca de R$ 25 milhões. Nos quatro dias de evento, são esperados cerca de 60 mil participantes. “A primeira edição foi realizada em 1987 e reuniu cerca de 500 pessoas e 36 estantes, em São Paulo. A partir da sétima edição, realizada em 1997, Belo Horizonte se tornou a sede oficial e, desde então, o evento só vem crescendo”, lembrou Rinaldo Mancin, diretor de Assuntos Ambientais do Ibram.
Novos caminhos espalhados pelo país
Discussões sobre métodos mais seguros para a exploração mineral em minas de pequeno e médio portes, investimentos no setor de fertilizantes e as novas regras que estão sendo debatidas no Congresso Nacional envolvendo o novo marco regulatório da mineração serão temas de palestras e reuniões durante a Exposibram. Para o diretor de Assuntos Minerários do Ibram, Marcelo Ribeiro, é fundamental pensar no papel que cada produtor exerce no setor, independentemente do tamanho dos empreendimentos, e avaliar novos caminhos para a diversificação da atividade no Brasil.
“Os encontros do evento tratam também de pequenas e médias mineradoras, que têm papel importante e empregam uma grande mão de obra no país. A produção de mármore e granito, por exemplo, é atividade que emprega cerca de 200 mil trabalhadores, fator importante para as economias locais e que se espalha pelo país inteiro. É fundamental entender como essas empresas menores impactam o desenvolvimento regional e como estão as condições de trabalho nessas empresas”, ressalta Ribeiro.
Outro tópico que promete atrair muita atenção na exposição deste ano é a discussão sobre o fornecimento de insumos para fertilizantes. O aumento da potência do agronegócio na economia brasileira nos últimos anos tornou o país mais dependente de fertilizantes importados para atender a demandas em várias regiões produtoras. Empresas mineradoras discutem formas de tornar o país menos dependente do mercado externo e buscam investimentos para suprir insumos ao agronegócio. “Temos assuntos estratégicos para o país que estão ligados à atividade mineral, como o caso da produção de fertilizantes. Qual o melhor caminho para aumentar a produção desses insumos? Como diversificar esta produção?”, questiona Ribeiro.