Faturamento do comércio varejista mineiro tem piora em agosto

O Dia dos Pais vem conquistando, a cada ano, mais importância no calendário comemorativo do varejo. No entanto, a data não alavancou os resultados do comércio varejista em agosto. Segundo a Análise Mensal do Comércio Varejista de Belo Horizonte, desenvolvida pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, 55,8% dos empresários registraram piora no faturamento do mês passado, em relação a julho. No valor do faturamento, a queda é de 24,1%, em média. Na comparação com agosto de 2014, o faturamento caiu 20,1%, sendo que para 72,4% do empresariado, houve piora.

"O movimento de queda no comércio de Belo Horizonte vem sendo sentido desde abril deste ano", destaca a estatística da Fecomércio MG, Elisa Castro. Segundo ela, a queda reflete o consumo das famílias influenciadas pelo menor crédito e redução da renda. "O consumidor está mais cauteloso em contrair dívidas", disse.

O desempenho negativo contrariou a expectativa dos entrevistados – 63,9% estimavam a melhora do faturamento. Por outro lado, apesar do alto percentual pessimista, 65,7% dos entrevistados esperam melhorar seu faturamento em setembro. No ano passado esse percentual no mês foi de 42,9%.

Para aumentar o faturamento e amenizar a queda nas vendas, varejistas têm optado por reduzir o estoque e lançar mão de promoções. No último mês, 43,7% dos empresários reduziram o número de pedidos de mercadorias e outros 46,3% mantiveram a quantidade solicitada, segundo a Fecomércio. “As promoções estimulam as compras por impulso e giram os estoques, medida que fortalece o caixa da empresa.”, disse Elisa Castro, destacando que a temporada de liquidações será mantida em setembro por 68,4% dos entrevistados.

Contratações Ainda de acordo com o estudo da Fecomércio MG, apesar do mercado de trabalho permanecer desfavorável, dos gestores consultados, 88,9% vão manter o quadro de funcionários e outros 6,4% devem aumentar o efetivo. "A expectativa é de que o setor mantenha o quadro de funcionários mesmo com o recuo no faturamento, porque  há uma melhora nas vendas no período de fim de ano,", destaca Elisa.

De julho para agosto, a maioria das vendas realizadas na cidade foram feitas a vista (dinheiro, cartão de débito ou cheque a vista), 59,4% e as demais realizadas a prazo 40,6%. O cartão de crédito representa 71,8% das vendas realizadas a prazo. Os cheques representam 16,5% e os cartões de crédito próprio, 6,2%.

O cartão de crédito representa 71,8% das vendas realizadas a prazo. Os cheques representam 16,5% e os cartões de crédito próprio, 6,2%. Cerca de 98% do empresariado da capital trabalha com cartões de crédito e 70,4% das empresas que realizam esse tipo de venda a prazo parcela em até 6 vezes.