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Estado de Minas

Vendas do comércio recuam 1%, pior julho desde 2000

Em Minas, as vendas do comércio caíram 0,3% em julho, o sétimo resultado negativo


postado em 16/09/2015 09:49 / atualizado em 17/09/2015 07:14

Com alta generalizada dos preços, crédito escasso e o consumidor mais cauteloso, as vendas do comércio varejista em Minas Gerais recuaram 0,3% em julho na comparação com o mês anterior. Foi o sétimo resultado negativo desde dezembro, conforme dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa também mostrou que, frente ao mesmo mês de 2014, a queda do varejo foi de 0,8%. Nos acumulados em 12 meses, houve recuo de 0,1%.

No país, as vendas no varejo restrito, que reúne os segmentos mais tradicionais do comércio, caíram 1% em julho na comparação com o mês anterior – sexta queda seguida e a também a mais intensa para o mês desde o início da série da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), em janeiro de 2000. Já na comparação com julho do ano passado, o comércio teve queda de 3,5% nas vendas e acumulou perdas de 2,4% no ano e de 1% no período de 12 meses. Ao considerar o comércio varejista ampliado, que inclui as vendas de veículos e material de construção, o volume de vendas cresceu 0,6%.


Os dados representam para os especialistas uma tendência de queda que vem desde 2013 em alguns setores. Em Minas, segundo o IBGE, as vendas estão 4,5% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em novembro de 2014. “A retração na taxa de desemprego e do salário real contribuíram para que o estado registrasse perdas no volume de vendas em alguns setores por longos períodos”, observou Antonio Braz de Oliveira e Silva, analista do instituto. Segundo ele, também pesaram nesse resultado a alta dos juros e da inadimplência. Na variação acumulada em 12 meses, o setor de veículos, motocicletas, partes e peças, por exemplo, vem registrando baixas desde novembro de 2013, reflexo das constantes férias coletivas e paradas anunciadas pelas grandes montadoras do estado.

O segmento de móveis também foi um dos destaques negativos, com queda de 9,9% em relação a julho de 2014, além do setor de eletrodoméstico, com baixa de 6,9%, resultados principalmente da restrição ao crédito. “O setor é muito sensível à situação de crédito, e houve uma restrição. A taxa média dos juros aumentou, elevando custo de financiamento”, explicou Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.

Na capital, confirmando o cenário de retração, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) apontou um recuo de 3,13% no acumulado do ano quando comparado com o mesmo período de 2014. O desempenho é o pior desde o início da série histórica em 2007, nesta mesma base de comparação, segundo a entidade. Frente ao mesmo mês do ano anterior, as vendas em julho caíram 2,3% e subiram 0,22% em relação ao junho deste ano – essa última base de comparação motivada por promoções e liquidações.


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