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Estado de Minas

Dólar fecha cotado a mais de R$ 4, o maior valor em 21 anos

Pregão encerra com moeda cotada a R$ 4,0538. Às 13h35 a cotação alcançou pico de R$ 4,0607


postado em 22/09/2015 17:48 / atualizado em 22/09/2015 20:56

O dólar fechou em alta nesta terça-feira e ultrapassou a máxima histórica de R$ 4. O pregão encerrou pouco depois das 17h com a moeda norte-americana cotada a R$ 4,0538. Pouco depois das 9h30 da manhã a moeda era negociada a R$ 4,026 representando alta de 1,14%. Durante a manhã o dólar não parou de oscilar. Às 13h35 a cotação alcançou seu maior valor ao longo do dia: R$ 4,0607; o mais alto desde que o real foi criado, em 1994.

A valorização de hoje foi estimulada por boato de alta de juros nos EUA e incertezas de que o governo federal possa conseguir realizar as medidas necessárias do pacote de ajuste da economia brasileira. Nessa segunda-feira, o dólar fechou cotado a R$ 3,98. 

Em 10 de outubro de 2002, a moeda foi vendida a R$ 4. No mesmo dia, ela fechou o dia no mesmo valor cotado nessa segunda-feira: R$ 3,98.

Ontem, o Banco Central anunciou um leilão de venda de até US$ 3 bilhões com compromisso de recompra, depois da pressão de alta. O BC também afirmou que dará continuidade ao seu programa de interferência diária no câmbio, com oferta de até 9,45 mil contratos.

Para hoje, embora o BC não tenha anunciado, até o momento, novo leilão de venda com compromisso de recompra, a instituição fará mais um leilão de rolagem de swap cambial.

A cotação da moeda não tem caído nos últimos dias, apesar de o Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, ter adiado o aumento da taxa básica de juros da maior economia do planeta, na reunião da última quinta-feira (17).

Desde o fim de 2008, os juros nos Estados Unidos estão entre 0% e 0,25% ao ano. Na época, o Fed cortou a taxa para estimular a economia americana em meio à crise no crédito imobiliário. A última elevação de juros nos EUA ocorreu em 2006.

Juros mais altos atraem capital para os títulos públicos americanos, considerados a aplicação mais segura do mundo. Os investidores retiram recursos de países emergentes, como o Brasil, pressionando a cotação do dólar.

Efeitos da alta

A alta do dólar  deve derrubar o Brasil no ranking das maiores economias do mundo, elevar a dívida externa das empresas em reais e pressionar os índices de inflação. A vantagem da desvalorização do real será a melhora no setor externo, com uma redução do déficit em transações correntes.

Segundo ranking elaborado pela Austin Rating, a escalada do dólar, associada ao baixo crescimento econômico, fará o Brasil perder a 8ª posição entre as maiores economias globais. O cálculo foi baseado em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), pesquisa Focus (18/09/15) e câmbio de ontem.

 Com agências


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