O dólar comercial segue pressionado por preocupações com a política e a economia local e volta a operar em alta nesta quinta-feira. Hoje, a moeda chegou a ser cotada a R$ 4,2479, às 10h29, batendo novo recorde histórico. Por volta das 13h, perdeu força e era vendida a R$ 4,192, alta de 1,11%.
Na véspera, nem mesmo a intervenção do Banco Central (BC) foi capaz de acalmar o mercado. Apesar de o governo ter conseguido que o Congresso Nacional confirmasse vetos presidenciais, evitando forte elevação de gastos públicos, a moeda norte-americana atingiu R$ 4,146, novamente um recorde desde o lançamento do real, em 1994 – na segunda-feira, a divisa já havia batido a máxima histórica.
A alta de 2,28% no dia ocorreu mesmo com intervenções do Banco Central. Nos três pregões desta semana, a valorização do dólar foi de 4,72%. No ano, acumula 55,87% e em 12 meses, 72,15%. Isso ocorreu apesar de intervenções do Banco Central (BC) no mercado, por meio de dois leilões de linha e um de swap cambial. Na manhã desta quinta-feira, haverá novo leilão de swap, no valor de US$ 1 bilhão.
Hoje, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, não descartou a possibilidade de venda de dólares das reservas internacionais. “Todos os instrumentos estão no raio de ação do Banco Central caso seja necessário”, disse.Tombini destacou que a atuação do BC tem o objetivo de fazer com que o mercado de câmbio funcione e para diminuir as volatilidades (fortes oscilações).
A turbulência econômica também afeta as operações na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa). Por volta das 13h, o Ibovespa, principal índice da bolsa recuava 0,89%, aos 44.938 pontos. Mais cedo, chegou a cair mais de 2%. No mesmo horário, a maioria das ações caía, com destaque para a Petrobras. Na véspera, A Bolsa caiu 2% e os juros futuros dispararam. O risco Brasil medido pelo CBS subiu para 476 pontos, o que representa uma alta de 135% no ano. (Com agências)