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Estado de Minas

Dólar avança e passa de R$ 4 nesta segunda-feira

Na semana passada, pela primeira vez desde a criação do real, a moeda fechou acima dos R$ 4


postado em 28/09/2015 09:54 / atualizado em 28/09/2015 13:43

O dólar comercial inicia a semana em alta e segue avançando a barreira dos R$ 4, depois de uma semana intensa com recordes. Às 12h20, a moeda era vendida a R$ 4,028, em alta de 1,32%.

No cenário interno, a cotação do dólar é afetada pelas dificuldades de se fazer ajuste fiscal e especulações sobre a possibilidade de o Brasil perder o grau de investimento de mais uma agência de classificação. No cenário internacional, um fator de influência na cotação é a melhora no desempenho da economia americana. Isso pode fazer com que o Federal Reserve, Banco Central do país, aumente os juros da maior economia do planeta antes do fim do ano. Taxas mais altas nos Estados Unidos atraem recursos de todo o planeta para títulos do Tesouro norte-americano, considerados o investimento mais seguro do mundo. Mas acarretam a retirada de capitais financeiros de países emergentes, como o Brasil.

Na semana passada, pela primeira vez desde a criação do real, a divisa fechou acima dos R$ 4. Na quarta-feira (23), encerrou o dia com valorização de 2,28%, a R$ 4,146 na venda. Foi o maior valor de fechamento desde a criação do Plano Real, em 1994. Na sexta-feira (25), ele fechou sendo vendido a R$ 3,976. Na semana, a moeda subiu 0,44%.No mês e no ano, há alta acumulada de 9,61% e 49,54%, respectivamente.

Para hoje, o Banco Central só anunciou, até o momento, leilão de renovação de contratos de swap cambial, operação que vinha sendo feita normalmente. No sábado, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil tem reservas suficientes para lidar com a alta do dólar. Segundo ela, existem empresas brasileiras com dívidas em moeda norte-americana. Entretanto, a presidenta ressaltou que o país tem reservas suficientes para lidar com essas oscilações do dólar.

A presidente lembrou a atuação do Banco Central no leilão de dólar no mercado futuro, operação conhecida como swap, para conter a alta do dólar. “O governo terá uma posição bem clara e firme como foi essa que o Banco Central teve ao longo do final da semana passada”, disse.

Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o principal índice de ações brasileiro, caía forte no início da tarde desta segunda-feira, acompanhando a queda de bolsas internacionais. A baixa era de 1,76%, a 44.041 pontos. As ações da Petrobras caíam mais de 3% e as da Vale 6%. Na sexta-feira, o Ibovespa terminou a semana em queda de 1,02%, a 44.831 pontos.

Previsão Com alta próxima de 50% apenas neste ano, as projeções para o dólar sobem a passos largos no Relatório de Mercado Focus e, para 2015, ainda continuam abaixo da cotação atual para o câmbio à vista. Para este ano, segundo o documento atualizado nesta segunda-feira, pelo Banco Central, a mediana das estimativas avançou de R$ 3,86 para R$ 3,95. Há quatro semanas, o ponto central da pesquisa estava em R$ 3,50. A cotação média ao longo do ano também sofreu alteração na pesquisa Focus, passando de R$ 3,38 para R$ 3,39. Quatro semanas atrás, estava em R$ 3,23.

Para o próximo ano, a mediana para o câmbio ao final do período ficou estabilizada em R$ 4,00. Há quatro edições do Focus a taxa era de R$ 3,60. No caso da cotação média de 2016, houve ajuste, de R$ 3,91 para R$ 3,96 ante uma cotação de R$ 3,56 quatro semanas atrás.

O mercado também estima mais inflação e queda maior do PIB em 2015 e 2016. Segundo o boletim Focus, a expectativa de inflação subiu para 9,46% neste ano e para 5,87% em 2016. Já a previsão de retração do PIB passou para 2,8% em 2015 e 1% em 2016. (Com agências)


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