Depois de dois dias de alívio, a moeda americana fechou essa segunda-feira vendida a R$ 4,10, alta de 3,37%, a maior desde setembro de 2011. Na semana passada, com a escalada do câmbio, o dólar atingiu R$ 4,24. Refletindo o cenário internacional, como a queda do preço do minério de ferro na China, a bolsa também fechou em queda de 1,95%, atingindo 43,956 pontos, o menor nível de fechamento do Ibovespa desde 7 de abril de 2009, quanto quando registrou 43,824 pontos. As ações da Vale caíram mais de 7% e as da Petrobras despencaram acima de 5%.
No sábado, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil tem reservas suficientes para lidar com a alta do dólar. Segundo ela, existem empresas brasileiras com dívidas em moeda norte-americana. Entretanto, a presidenta ressaltou que o país tem reservas suficientes para lidar com essas oscilações do dólar.
No cenário interno, a cotação do dólar é afetada pelas dificuldades de se fazer ajuste fiscal e especulações sobre a possibilidade de o Brasil perder o grau de investimento de mais uma agência de classificação. No cenário internacional, um fator de influência na cotação é a melhora no desempenho da economia americana. Isso pode fazer com que o Federal Reserve, Banco Central do país, aumente os juros da maior economia do planeta antes do fim do ano. Taxas mais altas nos Estados Unidos atraem recursos de todo o planeta para títulos do Tesouro norte-americano, considerados o investimento mais seguro do mundo. Mas acarretam a retirada de capitais financeiros de países emergentes, como o Brasil.
Na semana passada, pela primeira vez desde a criação do real, a divisa fechou acima dos R$ 4. Na quarta-feira (23), encerrou o dia com valorização de 2,28%, a R$ 4,146 na venda. Foi o maior valor de fechamento desde a criação do Plano Real, em 1994. Na sexta-feira (25), ele fechou sendo vendido a R$ 3,976. Na semana, a moeda subiu 0,44%.No mês e no ano, há alta acumulada de 9,61% e 49,54%, respectivamente. (Com agências)