O dólar comercial fechou nessa sexta-feira a R$ 4,05, em queda de 1,23%. Durante o dia, a moeda chegou a ser operada a R$ 4,15, em alta de 1,1%. Na mínima da sessão, operou em baixa de 2,37%, a R$ 4,01. Ontem a moeda fechou, vendida a R$ 4,10, alta de 3,37%, a maior desde setembro de 2011. Na semana passada, com a escalada do câmbio, atingiu R$ 4,24.
O déficit fiscal divulgado pelo governo nessa terça-feira de R$ 5,08 bilhões em agosto, veio abaixo das expectativas do mercado. Analistas apontavam uma pressão de até R$ 10,7 bilhões nas contas públicas. O resultado menor contribuiu para reverter a escalada do câmbio.
"O câmbio desvalorizado é resultado de uma deterioração do lado fiscal brasileiro, portanto, é preciso atacar os problemas fiscais do Brasil. O uso das reservas cambiais ajuda, mas não resolve. E as reservas estão aí para serem usadas, são um fator que diferencia favoravelmente o Brasil do resto do mundo. Reserva não é peça de museu", disse.
O Banco Central anunciou um leilão de até 20 mil novos contratos de swaps cambiais, que equivale a uma venda futura de dólares, além de um leilão de venda de até US$ 2 bilhões com compromisso de recompra. Na segunda-feira, o dólar fechou vendido a R$ 4,10, alta de 3,37%, a maior desde setembro de 2011. Na semana passada, com a escalada do câmbio, o dólar atingiu R$ 4,24.
No cenário interno, a cotação da moeda é afetada pelas dificuldades de se fazer ajuste fiscal e especulações sobre a possibilidade de o Brasil perder o grau de investimento de mais uma agência de classificação. Na semana passada, pela primeira vez desde a criação do real, a divisa fechou acima dos R$ 4. Na quarta-feira (23), encerrou o dia com valorização de 2,28%, a R$ 4,146 na venda. Foi o maior valor de fechamento desde a criação do Plano Real, em 1994. Na sexta-feira (25), ele fechou sendo vendido a R$ 3,976. Na semana, a moeda subiu 0,44%.No mês e no ano, há alta acumulada de 9,61% e 49,54%, respectivamente.
(Com agências)