São Paulo, 02 - A inflação de serviços na capital paulista desacelerou de agosto para setembro, ao passar de 1,32% para 1,19%, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A taxa é inferior à de 0,66% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação cheia na cidade, também do nono mês do ano. Em agosto, o IPC foi de 0,56%. "Ao contrário do IPC, que em setembro deu um repique, o IGS continua desacelerando", disse o coordenador do Índice Geral de Serviços (IGS) e também do IPC, André Chagas.
Apesar da desaceleração na margem, o IGS segue em nível elevado, observou Chagas. Além de considerar a taxa mensal alta, no acumulado do ano e em 12 meses até setembro as variações do IGS são expressivas, de 11,58% e 12,72%, respectivamente. Os números estão bem acima dos resultados do IPC, de 8,06% no acumulado do ano, e de 9,54% em 12 meses terminados em setembro.
Segundo Chagas, o "fio de esperança" para a inflação de serviços é a atividade fraca, que pode vir a contaminar os preços e ajudar a diminuir a pressão da alta. "Talvez a atividade esteja ajudando no sentido de não dar tanto espaço para que o IGS suba tanto (na margem)", disse.
Em setembro ante agosto, os grupos que apresentaram as maiores variações no IGS foram Despesas Pessoais (1,22%), por causa de gastos com recreação e cultura (1,84%), com destaque para passagem aérea (8,34%); Habitação (1,19%), devido ao encarecimento de energia (2,85%), água/esgoto (2,20%) e gás de botijão (8,19%); e Saúde (1,12%), grupo influenciado por gastos com assistência médica (1,19%), de acordo com a Fipe. Já Alimentação (0,74%) e Transportes (0,15%) tiveram variações mais brandas.