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Estado de Minas

Investimento deve seguir em queda pelo menos até 2016, diz Roubini

Economista americano que ficou famoso por prever a crise financeira internacional iniciada em 2008, diz que a baixa deve continuar pelo menos até o primeiro trimestre do ano que vem


postado em 05/10/2015 16:19 / atualizado em 05/10/2015 16:43

Com a recessão econômica derrubando a confiança do empresário brasileiro e a incerteza política afugentando o capital estrangeiro, os investimentos devem continuar em queda no Brasil pelo menos até o primeiro trimestre de 2016. A aposta é da consultoria norte-americana Roubini, do economista Nouriel Roubini, que ficou famoso por prever a crise financeira internacional iniciada em 2008.

Em relatório enviado a clientes, a consultoria destaca alguns aspectos que dão suporte a essa previsão: as condições financeiras estão mais apertadas, com o aumento das taxas de juros (a consultoria prevê cortes nos juros em 2016, com a Selic caindo de 14,25% para 12,75%); o alto nível de endividamento das empresas; a baixa utilização da capacidade da indústria; e as implicações dos cortes de investimentos da Petrobras e do setor de energia como um todo.

Enquanto isso, "o consumo das famílias deve continuar baixo por um período prolongado, em meio a uma deterioração do mercado de trabalho", diz o documento. No segundo trimestre deste ano, a taxa de desemprego medida pelo IBGE subiu a 8,6%, a maior da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em janeiro de 2012.

Também no segundo trimestre de 2015, os investimentos registraram queda de 8,1% ante os três meses anteriores, o maior recuo desde o primeiro trimestre de 1996. Com isso, a taxa de investimento em relação ao PIB ficou em 17,8% no período, abaixo do patamar observado em igual período do ano anterior, de 19,5%.

As projeções da Roubini para o PIB brasileiro são de retração de 2,70% neste ano e de 0,65% no ano que vem. "A recessão vem se aprofundando e a incerteza política continuará indeterminando a confiança dos empresários e dos consumidores, o que significa que a demanda doméstica continuará reduzida pelo menos pelo resto deste ano", afirma.


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