As obras do novo terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins foram iniciadas. Com a concessão do licenciamento ambiental, teve início a construção do edifício. O novo espaço deverá ser entregue em dezembro do ano que vem, permitindo assim ampliar a capacidade operacional para 22 milhões de passageiros por ano. Ao todo, R$ 750 milhões devem ser investidos na obra. O novo terminal terá 17 pontes de embarque, ampliando assim para 26. Seis esteiras rolantes facilitarão o vaivém de passageiros pelo aeroporto.
Antes mesmo da concessão do licenciamento ambiental, a BH-Airport já havia contratado as empresas responsáveis para a obra civil e outra para a fabricação e montagem da estrutura metálica. A construção será feita com sistema pré-fabricado. Com isso, as fundações serão feitas em uma parte e logo será erguida parte da estrutura, enquanto isso é feita a fundação em outro ponto. Entre 800 e 1 mil pessoas devem trabalhar na obra.
Segundo o diretor de Infraestrutura da BH-Airport, Adriano Pinho, uma característica do novo terminal é a possibilidade de uma mesma ponte de embarque receber passageiros de voos nacionais e internacionais. A chamada segregação vertical permite o uso compartilhado do finger. A lógica é que o passageiro de rotas nacionais embarca no mesmo piso (segundo) do embarque, enquanto o passageiro de voo internacional desce uma escada (do terceiro para o segundo piso) para acessar o avião, mas sem “invadir” a sala de embarque doméstica. Para desembarcar, ambos descem até o primeiro piso. Serão quatro pisos, incluído um subsolo, totalizando assim 47 mil metros quadrados. O modelo operacional será o primeiro neste formato a funcionar no Brasil.
A implantação do novo terminal é a primeira grande obra do pacote de concessão do aeroporto internacional. Por contrato, o TPS2 deveria ser entregue até abril de 2016, mas, pelo novo prazo estipulado pela empresa, ficará pronto com atraso de oito meses. A BH-Airport havia informado que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já tinha sido acionada em busca de maior prazo. A agência nega qualquer tipo de tratativa por enquanto. O argumento da empresa é que o prazo não foi cumprido por questões burocráticas relacionadas ao licenciamento ambiental. A penalidade máxima estipulada em contrato é de R$ 170 milhões mais R$ 1 milhão por dia de atraso.
SEM PRAZO Iniciada a tão aguardada construção do novo prédio do aeroporto de Confins, outras duas obras permanecem paralisadas: a ampliação do terminal de passageiros 1 e a obra de ampliação da pista. As duas foram contratadas ainda sob a gestão da Infraero. A primeira está parada por causa de uma disputal judicial entre a Infraero e as empresas contratadas para executar o projeto.
Apenas a metade do que foi contratado saiu do papel depois quatro anos de contrato. A outra obra em atraso é ampliação da pista de pouso e decolagem, que, devido à escassez de recursos da União, foi praticamente paralisada. Uma etapa do contrato deveria ter sido concluída em agosto, mas, segundo a Infraero, não é possível estimar o prazo para isso. Depois de encerrada essa fase, a BH-Airport deve ser acionada para executar o restante do projeto.