Depois de disparar na véspera, o dólar comercial cai forte na tarde desta quarta-feira em meio a cenário político e dados fracos da China. Por volta das 13h20, a moeda americana recuava 1,26%, a R$ 3,845 na venda. Ontem, a divisa disparou 3,58% e fechou a R$ 3,894, na maior alta diária dos últimos quatro anos. A disparada da moeda norte-americana ocorreu em meio a fatores internos e externos.
A pior notícia veio da China, que registrou queda de 20,4% nas importações do país, acima da expectativa dos analistas, de queda de 16,5%. No cenário interno, as atenções estiveram focadas nos desdobramentos da disputa em torno da possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O foco central da batalha é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tem em suas mãos os pedidos de afastamento da presidente e, ao mesmo tempo, se vê encurralado pelas evidências de que recebeu propina em negócios envolvendo a Petrobras. Dentro da disputa, três mandados de segurança obtidos pela base governista dificultam as estratégias de Cunha de fazer avançar o processo na Câmara.
Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) virou para queda puxada pelos papéis da Petrobras, que registram perdas de mais de 2%. À tarde, o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, recuava 1,01%, a 46.884 pontos. Na véspera, o índice interrompeu uma sequência de nove altas consecutivas e teve sua primeira – e forte – queda em outubro. Depois de ter acumulado ganhos de 12,24% no rali de nove altas, o Índice Bovespa terminou o dia em 47.362,63 pontos, com queda de 4,00% - a maior perda porcentual desde 1º de dezembro de 2014. Mesmo com o resultado, o índice contabiliza alta de 5,11% no mês.