A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,66% em outubro, após aumento de 0,39% em setembro, informou na manhã desta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do maior resultado para o mês desde 2002, quando o índice avançou 0,9%.
Em Belo Horizonte, a prévia da inflação oficial variou 0,43% em outubro, ante 0,34% em setembro. Já a variação acumulada em 12 meses foi de 8,38%. O maior índice regional foi o de Brasília (1,28%) Já o menor índice foi o da região metropolitana de Recife (0,24%).
Com o resultado anunciado hoje, o índice acumula alta de 8,49% no período de janeiro a outubro de 2015, o maior resultado para o período desde 2003 (9,17%). Em 2014, o índice correspondente ao mesmo período ficou em 5,23%. O índice deste ano foi o mais elevado acumulado de janeiro a outubro desde 2003, quando alcançou 9,17%. Já em 12 meses até outubro de 2015, o avanço chega a 9,77%, o mais elevado desde dezembro de 2003 (9,86%).
Grupos
O índice do mês foi influenciado pelos três grupos que mais pesam no orçamento das famílias: habitação, com alta de 1,15%, transportes (0,80%) e alimentação e bebidas (0,62%). Os índices somados foram responsáveis por 72,73% do resultado do IPCA-15 de outubro.
Individualmente, o impacto mais elevado foi exercido pelo item botijão de gás, do grupo habitação (1,15%). Os preços desse item aumentaram 10,22% em outubro, depois de subirem 5,34% em setembro, acumulando 16,11% nestes dois meses. Este foi o reflexo, nos pontos de distribuição ao consumidor, do reajuste de 15% nas refinarias autorizado pela Petrobras, com vigência a partir de 1º de setembro.
Nos transportes (0,80%), o principal destaque ficou com a gasolina, 1,70% mais cara, refletindo, nas bombas, parte do reajuste de 6% nas refinarias autorizado pela Petrobras, com vigência a partir de 30 de setembro. Além disso, o etanol subiu 4,83% nas bombas, contribuindo também para a alta da gasolina, já que faz parte de sua composição.
No grupo alimentação e bebidas (0,62%), os alimentos consumidos em casa subiram 0,39%, enquanto a alimentação fora de casa teve alta de 1,06%. Vários produtos subiram de um mês para o outro, entre eles o frango inteiro (5,11%), batata-inglesa (4,22%), arroz (2,15%), pão francês (1,14%), carnes (0.97%) e a refeição fora de casa (1,15%). (Com agências)