Frankfurt, 23 - Economistas ouvidos em uma pesquisa realizada pelo Banco Central Europeu (BCE) cortaram suas projeções para a inflação para o ano atual e nos próximos dois, segundo relatório publicado nesta sexta-feira. As conclusões podem reforçar a avaliação de que o BCE precisa colocar mais dinheiro na economia.
A pesquisa trimestral mostra que a expectativa para o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) está em apenas 0,1% neste ano no bloco, um corte de 0,1 ponto porcentual ante a projeção anterior, de julho. Para o próximo ano, espera-se inflação em 1,0%, de 1,3% em julho. Para 2017, a expectativa é de 1,5%, de 1,6% anteriormente.
O relatório é publicado após o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, sinalizar fortemente que a instituição pode intensificar seu programa de compra de bônus e potencialmente cortar a taxa de juros de depósitos, em um sinal de que o BCE está preocupado com a fraca pressão inflacionária na zona do euro.
O mais recente dado mostrou deflação de 0,1%, na comparação anual, bem abaixo da meta do BCE de quase 2%. Draghi disse que será feita em dezembro uma reavaliação sobre o programa de relaxamento monetário (QE, na sigla em inglês).
A previsão para o crescimento econômico ficou praticamente estável. Agora, os economistas esperam crescimento de 1,5% neste ano, de 1,4% na projeção de julho. Para o próximo ano, por outro lado, a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro caiu de 1,8% em julho para 1,7%. Para 2017, manteve-se em 1,8%.
O relatório diz que a expectativa de crescimento maior no médio prazo se deve em grande medida ao maior consumo privado e ao maior investimento, com os preços menores no setor de energia deixando mais renda disponível para as famílias e gerando maior margem de lucro para as empresas. Fonte: Dow Jones Newswires.