Pouco mais de um mês depois de inaugurado, o terminal 3 de passageiros do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, – puxadinho como ficou conhecido – divide a opinião dos usuários. Voltado para voos internacionais, o terminal, que entrou em funcionamento em 16 de setembro, é elogiado pela tranquilidade para os check-ins, pela limpeza e também pela facilidade de informações. Por outro lado, a falta de um caixa eletrônico no espaço, as poucas opções de lanche e também a falta do finger (pontes que ligam as salas de embarque até as aeronaves) são pontos negativos destacados pelos viajantes.
Atualmente, são quatro os destinos no local: Miami, Lisboa, Cidade do Panamá e Buenos Aires. Em novembro, está prevista a nova operação para Orlando. Além disso, há os voos sazonais, como o de Punta Cana (República Dominicana), no verão, e para Santiago (Chile), no inverno. “Não tem mais aquela multidão de gente. É tudo mais tranquilo, porém, tem muitas coisas para melhorar”, comentou a fisioterapeuta Fernanda Bethônico. Ela e os amigos viajaram para Buenos Aires, na Argentina, e, logo após o check-in, notaram que, no saguão não havia caixas eletrônicos. “Isso é um absurdo, porque tivemos que sair daqui, pegar o ônibus que leva ao terminal 1 e, então, usar o caixa. Com isso, gastamos 30 minutos”, contou a nutricionista Daniele Reis.
O transporte que Fernanda e Daniele usaram é um serviço gratuito oferecido pela BH Aiport, e estaciona no terminal 3 a cada 10 minutos e gasta cerca de cinco minutos de uma unidade para outra. “O bom seria não precisar de ir até lá para usar um caixa eletrônico”, observa Daniele. De acordo com a assessoria de imprensa do BH Airport, está prevista a instalação de caixas no local nas próximas semanas.
Lanches
Para quem opta em ir a pé de um terminal ao outro, a distância é de cerca de 800 metros, em uma caminhada de, em média, 12 minutos. O que mais incomodou a bióloga Fabiana de Oliveira Silva foi a falta de mais opções de lanches no espaço. “No saguão há só uma cafeteria. Por não haver concorrência, eles cobram da gente o que querem, e nós, consumidores, não temos escolha. Além disso, na sala de embarque há uma cervejaria. Ou seja, faltam opções”, criticou, acrescentando que a rede de wi-fi para smartphones da marca Apple não é tão simples de ser acessada. Ela precisou de ajuda de funcionários do terminal para conseguir entrar na rede.
No desembarque, a queixa é grande. De acordo com a empresária Valéria Fiorita, que chegou de Miami na sexta-feira, as esteiras para as bagagens são pequenas demais e não há finger (pontes) no desembarque. “Se estiver chovendo, o passageiro vai se molhar todo até chegar ao transporte que o levará a sala de desembarque. Com as esteiras menores, as malas ficam em cima umas das outras”, critica.
Mas para Juliana Diniz Flory, que mora nos Estados Unidos e, na sexta-feira, veio com a família a BH, não houve problemas. “Achei tudo tranquilo e organizado, nada me incomodou”, elogiou. Apesar de haver apenas uma cafeteria no terminal 3, o pão de queijo vendido lá é mais barato que aqueles vendidos no antigo terminal. A unidade da iguaria no novo espaço sai a R$ 4,50, no antigo terminal está a R$ 4, 90. Mas, o cafezinho lá é mais barato e sai a R$ 5, 10. Na nova unidade é R$ 5,50.