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Estado de Minas

Proposta para não travar a produção será apresentado hoje

Projeto Sudeste Competitivo aponta gargalos e soluções para a logística da região até 2020


postado em 26/10/2015 06:00 / atualizado em 26/10/2015 07:26

Até 2020, 23 das 25 principais rodovias da Região Sudeste terão uma movimentação de cargas de transporte bem acima do que são capazes de comportar. Entre elas, três vias de Minas, como a BR-262,no curto trecho entre Betim e Belo Horizonte, estarão com um nível de gargalo crítico, chegando a receber tráfego 125% além de sua capacidade. Essa é uma das previsões apontadas no Projeto Sudeste Competitivo, patrocinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e por federações estaduais, que será apresentado hoje em Belo Horizonte e encaminhado ao governo federal.


De acordo com o estudo, são necessárias medidas de logística e investimentos urgentes, independentemente da situação econômica do país, sob o risco de agravamento de problemas para o setor produtivo. A análise sugere até mesmo uma redução de custo, e informa que a logística do Sudeste precisa de R$ 63,2 bilhões em investimento até 2020. “Estamos há 14 meses trabalhando nesse estudo, vamos apresentá-lo ao governo e esperar que tome providências”, afirma o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e presidente do Conselho de Infraestrutura CNI, Olavo Machado Júnior.
O objetivo do projeto é elaborar um planejamento estratégico da infraestrutura de transporte com um custo mais baixo. Por isso, em vez das 337 obras que deveriam ser feitas, que trabalham ampliação e modernização de portos, aeroportos, ferrovias, rodovias, hidrovias e dutos, o estudo priorizou, com caráter de urgência, projetos com menor custo, que poderão gerar economia de R$ 100 bilhões. De acordo com a análise, a logística do Sudeste necessita, urgentemente, de 86 obras, que custarão os R$ 63,2 bilhões em investimentos até 2020, com retorno em sete anos. Se as 337 fossem colocadas em prática, o custo seria de R$ 219,1 bilhões em cinco anos.


Mas, segundo constatou o projeto, das 86 obras que precisam ser colocadas em prática para “salvar” a malha de transporte da região, apenas 16 estão em fase de andamento. Ou seja, cerca de 70% estão em fase de projeto, planejamento ou apenas nos planos do poder público. Além disso, em Minas, por exemplo, o trajeto da BR-262, entre Bela Vista e Belo Horizonte, recebe, hoje, 32% mais carga em horário de pico do que realmente comporta. Em 2020, esse cenário, caso nada seja feito, poderá chegar a 81% a mais da sua capacidade.


A CNI considera a realização das obras urgentes, sob o risco de agravamento de trechos já congestionados e consequente elevação de custos para o setor produtivo. “Metade dessas rotas estratégicas já existe e necessita de melhorias, como ampliação e modernização. As demais precisam ser planejadas e executadas com rapidez”, destaca o texto da análise.

CADEIA  Segundo o consultor Olivier Roges Sylvain Girard, na primeira fase do projeto foi feito um diagnóstico da malha de transporte da Região Sudeste. “Foram selecionadas 14 cadeias produtivas, que representam 49 produtos. Fizemos um mapeamento da produção, tanto para o mercado interno quanto para o externo. A Região Sudeste representa 94,6% das exportações brasileiras”, destaca Girard. Na segunda fase do projeto, foram mapeados os eixos potenciais. Os 86 projetos prioritários compreendem oito grandes eixos logísticos (veja abaixo), com rotas capazes de integrar Sudeste com os estados vizinhos e assegurar movimentação ágil e eficiente de insumos e mercadorias. Além disso, “se os projetos prioritários forem concluídos, o custo pago pelo setor produtivo do Sudeste poderá ser reduzido em até 5,4%”, garante Girard.

 

 

z  eixos do Sudeste Competitivo

l Trechos existentes

1) BR-153 Sul
Goiás via Ourinhos (SP)
Economia potencial -  R$ 245,3 mi

2) Ferrovia All
Mato Grosso – Santos (SP)
Economia potencial - R$ 371,6 mi

3) BR-050
Brasília (DF) – Santos (SP)
Economia potencial - R$ 868,8 mi

4) BR 116 Sul-Nordeste
 Via Dutra e Rio de Janeiro
Economia potencial - R$ 716,4 mi

l Novos projetos

1) Ferrovia EF 354
Anápolis (GO) – Ipatinga (MG)  Açu/Central (RJ
Economia potencial R$ 423 mi

2) Mineroduto Ferro
Morro do Pilar (MG)
Naque (MG) – Linhares (ES)
Economia potencial - R$ 205 mi

3) Ferrovia Grão Mogol (MG)
São Mateus (ES)
Economia potencial -R$ 2,8 bi

4) Ferrovia MRS e Estrada de Ferro 118: Suzano (SP) – Vitória (ES)
Economia potencial - R$ 209,1 mi


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