São Paulo, 28 - As vendas reais nos supermercados brasileiros apresentaram queda de 3,11% no mês de setembro, na comparação com igual período do ano anterior, segundo o Índice Nacional de vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O indicador já considera dados deflacionadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Na comparação com agosto deste ano, as vendas reais caíram 3,94%. No acumulado de janeiro a setembro, a queda é de 0,96% ante igual período do ano anterior.
Considerando a variação nominal, as vendas em setembro registraram alta de 6,09% ante o mesmo mês de 2014. Em nove meses, o crescimento nominal é de 7,5%.
Em nota, a Abras considerou que os números são resultado de um período de incertezas na economia brasileira, com aumento da taxa de desemprego e da inflação. "O setor trabalha com projeções negativas para o fechamento de 2015, mesmo com um movimento maior esperado no final do ano devido às festas de Natal e Réveillon", comentou o presidente do Conselho Consultivo da Abras, Sussumu Honda.
A projeção da Abras é de que as vendas do setor encerrem este ano em queda de 0,30% em relação a 2014. Essa projeção, divulgada em setembro, foi feita após uma série de revisões para baixo das perspectivas para o setor: no início do ano, a estimativa de crescimento chegou a ser de 2% e ela foi sendo revisada para baixo sucessivamente.
Cesta básica
A Abras também informou nesta quarta-feira, 28, que o preço da cesta de itens básicos nos supermercados brasileiros subiu 0,84% em setembro na comparação com o mês imediatamente anterior, de acordo com a Abrasmercado, cesta composta por 35 produtos de largo consumo pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da associação.
O preço total da cesta saiu de R$ 411,77 em agosto para R$ 415,25 em setembro. Já na comparação com setembro de 2014, o preço da cesta subiu 11,87%.
Entre as maiores altas do mês passado estão itens como farinha de mandioca, cujo preço subiu 28,81%, sal, com alta de 17,60% e batata, aumento de 10,66%. Já as maiores quedas foram encabeçadas por cebola, recuo de 23,61%, e tomate, queda de 16,92%.