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Estado de Minas

Mineiros aderem à greve na Petrobras

Na refinaria e na termelétrica da empresa na Grande BH há mobilização. Companhia calcula impacto da paralisação


postado em 03/11/2015 06:00 / atualizado em 03/11/2015 07:23

Petroleiros lotados na Refinaria Gabriel Passos (Regap) e na Termelétrica Aureliano Chaves, em Betim, aderiram à greve nacional da categoria. Os trabalhadores não se apresentaram para a troca de turno às 23h30 de sábado. A estimativa do Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro-MG) é que a adesão tenha alcançado 95% dos empregados. O movimento pede a suspensão da venda de ativos da Petrobras e a conclusão das obras de investimentos em andamento e a preservação dos direitos adquiridos pelos trabalhadores.


O diretor do sindicato, Anselmo Braga, afirma que quase a totalidade dos trabalhadores escalados para o plantão do feriado aderiram à greve, o que corresponde a aproximadamente um terço dos trabalhadores da refinaria. Hoje retornam às atividades o setor administrativo. Apesar da paralisação, a produção não sofreu interferências em Betim devido à presença de equipes de contingenciamento. O fornecimento de combustível, feito por dutos, mantém-se normal. Ele ressalta não haver reunião marcada com a empresa para discutir o movimento.

Amanhã está marcada reunião dos trabalhadores da Usina de Biocombustível Darcy Ribeiro, em Montes Claros, no Norte de Minas, com o sindicato, para discutir a adesão à greve. Segundo balanço da Federação Única dos Petroleiros (FUP), na Bacia de Campos, responsável por 80% da produção de petróleo e gás natural do país, o segundo dia da greve teve adesão de 35 plataformas, sendo que 22 estavam completamente paralisadas e oito poços com produção reduzida. Uma das reivindicações dos petroleiros é a conclusão das obras do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj).

Em nota, a Petrobras afirma avaliar os impactos das mobilizações dos sindicatos e que equipes de contingência foram acionadas para operar em algumas unidades. “Em alguns locais estão ocorrendo bloqueios de acessos, corte de rendição de turno e ocupação”, diz nota da estatal. “A companhia está tomando todas as medidas necessárias para manter a produção e o abastecimento do mercado, garantindo a segurança dos trabalhadores e das instalações”, completa.

INVESTIMENTOS EM QUEDA Em comunicado publicado em seu site, a Federação Única dos Trabalhadores (FUP) afirma que a greve se dá “por uma causa que é de todos os trabalhadores brasileiros: a luta contra a privatização da Petrobras”. Mais: “O condenável esquema de corrupção, envolvendo ex-diretores e ex-gerentes não pode servir de pretexto para privatizar uma empresa, cujos investimentos gerados respondiam, até há bem pouco tempo, por 13% do PIB”.

A federação diz estar em contato com a estatal e com o governo para discutir os rumos da companhia e afirma que o corte de investimentos pode resultar na perda aproximada de 20 milhões de empregos até 2019. O sindicato inclui na lista de reivindicações a garantia de exclusividade da Petrobras na exploração do pré-sal.


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