No quarto dia de greve em Minas Gerais, petroleiros voltaram a protestar na manhã desta quarta-feira. O ato começou por volta das 7h30 na portaria principal da Refinaria Gabriel Passos (Regap), que pertence à Petrobras, em Betim. Os manifestantes ocuparam parte da BR-381, sentido Belo Horizonte-São Paulo, até o acesso à refinaria. O trânsito na via ficou congestionado por cerca de 20 minutos.
Segundo Leopoldino Martins, diretor do Sindicato dos Petroleiros de Mina Gerais (Sindipetro-MG), apesar da adesão de 30% dos funcionários, a produção na Refinaria Gabriel Passos e nas demais unidades da companhia não sofreu alteração. A produção, entretanto, é mantida pela equipe de contingência da estatal. A paralisação, segundo ele, também tem a adesão de 40% do pessoal de manutenção e 10% do administrativo.
Ontem, o sindicato afirmou que vai acionar judicialmente a empresa para liberar os trabalhadores que participam da equipe de contingência da Regap desde domingo sem rendição. Em Minas Gerais, a estratégia adotada pelo sindicato é de cortar a rendição a cada entrada de novo turno. Na área externa da refinaria, os sindicalistas orientam os empregados a não ingressar. No setor operacional ninguém entrou para o trabalho ontem.
No país, a greve na Petrobras foi iniciada na quinta-feira (27) por indicação da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que possui cinco sindicatos filiados. A pauta de reivindicação é a manutenção de benefícios trabalhistas e reajuste salarial de 18%.
No domingo, o movimento ganhou força, quando também a Federação Única dos Petroleiros (FUP) indicou a paralisação nas unidades instaladas na área de abrangência dos seus 13 sindicatos, entre elas, a Bacia de Campos. A FUP não pede aumento de salário, mas sim o fim do plano de venda do patrimônio da empresa. Por enquanto, não há reunião agendada para negociação entre as partes envolvidas. (Com agências)