Entrar no site de hora em hora, recorrer à ajuda do contador, perder noite de sono. Vale tudo para conseguir concluir o cadastro no Simples Doméstico e emitir a guia para pagamento de tributos arrecadados em favor de empregados. Ainda assim, problemas no site do eSocial persistem e até o começo da noite de ontem empregadores permaneciam em compasso de espera por uma solução da Receita Federal para quitar o Documento de Arrecadação (DAE) referente a outubro, sem que fiquem sujeitos à aplicação de multa.
Há dois dias, o engenheiro aposentado Oton Guieiro Rocha, de 69 anos, se conecta ao site do eSocial, sem sucesso. Na terça-feira, ele ficou no sistema até meia-noite e ontem pela manhã já estava novamente empenhado na complicada missão de concluir os passos obter a guia do Simples Doméstico da funcionária que trabalha na casa dele. “Tive que sair de casa e até pedi para meu filho ficar entrando no site, mas, na hora de emitir a guia, aparece mensagem avisando a página não está disponível”, reclama.
Depois de tantas tentativas, o engenheiro chegou a anotar um passo-a-passo do procedimento numa folha de papel para acelerar o processo. Já próximo do vencimento da guia, Rocha já não sabe o que fazer. “Isso é um total desrespeito a nós. Como o governo coloca uma coisa que é obrigatória e ninguém consegue dar sequência a isso? E aqui se trata de algo para nós pagarmos, imagina se fosse para o contribuinte receber”, afirma, na expectativa pelo adiamento do prazo. “Tenho um filho advogado. Dependendo, teremos que acionar a Justiça”, diz Rocha.
No Retiro das Pedras, condomínio em Nova Lima onde mora o empresário Handrey Lage, de 48, não se fala em outro assunto, tamanha a dificuldade em emitir o DAE. Sem sucesso na empreitada de pagar os tributos de dois empregados de casa, Lage preferiu repassar o desafio para o contador que cuida das contas da empresa dele. “Eu ainda tenho esse recurso, mas ha gente que não pode pedir o auxílio. O governo deveria oferece uma forma mais simples, sem burocracia. O sistema pede dados em excesso”, afirma o empresário.
Travamento constante
A dificuldade de completar o processo tem sido tão grande que nem os contadores estão conseguindo resolver o problema. No escritório em que trabalha o contador Edmilson Henrique, de 53, a equipe está empenhada em emitir a guia de dois funcionários de clientes. “Desde segunda-feira estamos tentando praticamente o dia todo. O sistema não abre acesso a parte de emissão de jeito nenhum”, diz.
Para quem não se cadastrou, o acesso ao sistema deve ser feito pelo site www.esocial.gov.br. Os documentos necessários do patrão são CPF e número de recibos da declaração do Imposto de Renda de 2014 e 2015. Se o empregador for isento do IR, deve usar o número do título de eleitor para o cadastro. De posse de código e senha no site do eSocial, o patrão deve cadastrar o empregado.
O site exige as seguintes informações do empregado: CPF, data de nascimento, país de nascimento, número do NIS (NIT/PIS/Pasep), raça, escolaridade, dados da carteira de trabalho (número, série e UF), telefone, e-mail de contato e endereço com CEP.
Há dois dias, o engenheiro aposentado Oton Guieiro Rocha, de 69 anos, se conecta ao site do eSocial, sem sucesso. Na terça-feira, ele ficou no sistema até meia-noite e ontem pela manhã já estava novamente empenhado na complicada missão de concluir os passos obter a guia do Simples Doméstico da funcionária que trabalha na casa dele. “Tive que sair de casa e até pedi para meu filho ficar entrando no site, mas, na hora de emitir a guia, aparece mensagem avisando a página não está disponível”, reclama.
Depois de tantas tentativas, o engenheiro chegou a anotar um passo-a-passo do procedimento numa folha de papel para acelerar o processo. Já próximo do vencimento da guia, Rocha já não sabe o que fazer. “Isso é um total desrespeito a nós. Como o governo coloca uma coisa que é obrigatória e ninguém consegue dar sequência a isso? E aqui se trata de algo para nós pagarmos, imagina se fosse para o contribuinte receber”, afirma, na expectativa pelo adiamento do prazo. “Tenho um filho advogado. Dependendo, teremos que acionar a Justiça”, diz Rocha.
No Retiro das Pedras, condomínio em Nova Lima onde mora o empresário Handrey Lage, de 48, não se fala em outro assunto, tamanha a dificuldade em emitir o DAE. Sem sucesso na empreitada de pagar os tributos de dois empregados de casa, Lage preferiu repassar o desafio para o contador que cuida das contas da empresa dele. “Eu ainda tenho esse recurso, mas ha gente que não pode pedir o auxílio. O governo deveria oferece uma forma mais simples, sem burocracia. O sistema pede dados em excesso”, afirma o empresário.
Travamento constante
A dificuldade de completar o processo tem sido tão grande que nem os contadores estão conseguindo resolver o problema. No escritório em que trabalha o contador Edmilson Henrique, de 53, a equipe está empenhada em emitir a guia de dois funcionários de clientes. “Desde segunda-feira estamos tentando praticamente o dia todo. O sistema não abre acesso a parte de emissão de jeito nenhum”, diz.
Para quem não se cadastrou, o acesso ao sistema deve ser feito pelo site www.esocial.gov.br. Os documentos necessários do patrão são CPF e número de recibos da declaração do Imposto de Renda de 2014 e 2015. Se o empregador for isento do IR, deve usar o número do título de eleitor para o cadastro. De posse de código e senha no site do eSocial, o patrão deve cadastrar o empregado.
O site exige as seguintes informações do empregado: CPF, data de nascimento, país de nascimento, número do NIS (NIT/PIS/Pasep), raça, escolaridade, dados da carteira de trabalho (número, série e UF), telefone, e-mail de contato e endereço com CEP.