Curitiba, 05 - O Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro) está tentando na Justiça do Trabalho a retirada de alguns funcionários que desde a segunda-feira, 2, estão no interior da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Segundo o presidente do Sindipetro, Mario Dal Zot, a preocupação é maior com a saúde e segurança. "Temos pessoas cooptadas, que estão dentro da refinaria, mas por estarmos em greve, estão trabalhando sem descanso e isso é um problema tanto para a saúde deles quanto para a segurança", comentou. Dos 2 mil funcionários diretos das refinarias, 90%, segundo o Sindipetro, estão parados.
Já a Petrobras entrou com um pedido de Interdito Proibitório, para impedir que os sindicalistas se manifestem em frente à Repar e, segundo a versão da empresa, impeçam que outros funcionários entrem na refinaria.
O Interdito foi concedido pela juíza Marli Gonçalves Valeiko, da 1ª Vara do Trabalho de Araucária, e, caso o sindicato o desobedeça, receberá multa diária de R$ 100 mil.
Pela manhã, houve uma manifestação do sindicato e também congestionamento na Rodovia do Xisto, que dá acesso à refinaria. Segundo Dal Zat, a determinação da Repar em fiscalizar todo carro que tentasse entrar provocou a longa fila. "Foi uma manobra da empresa para provocar essa fila e ao mesmo tempo confundir, foi uma coisa provocada pela empresa", disse.
O residente também acusou donos de postos de gasolina de estarem sendo oportunistas. "Não há crise no abastecimento, mas muitos têm se manifestado pelas redes sociais falando o inverso e isso nada mais é que oportunismo, pois estão aproveitando um momento de greve para aumentar seus preços, o que não deveria acontecer", completou.