As ações da mineradora Vale desabaram 7% nesta sexta-feira, depois da tragédia com o rompimento das barragens do Fundão e Santarém, da Mina do Germano, propriedade da Samarco, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. O vazamento dos rejeitos de minério causou um tsunami de água e lama no subdistrito de Mariana, Bento Rodrigues, deixando mortos e dezenas de desaparecidos. A Samarco é uma joint venture da Vale com uma afiliada da australiana BHP Billiton, na qual a mineradora brasileira tem participação acionária de 50%.
Perto do fechamento, por volta das 17h07, as ações ordinárias da Vale recuavam 7,55%, a R$ 15,67, e as ações preferenciais registravam queda de 5,70%, a R$ 13,06. Às 16h10, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu 2,35%, a 46.918 pontos, puxada pelos papéis da mineradora. Na semana e no mês, a bolsa brasileira acumula alta de 2,29%, enquanto no ano registra queda de 6,18%.
No início da tarde desta sexta, a Vale Mineradora comunicou que lamenta profundamente o grave acidente ocorrido nas barragens de rejeitos nos municípios de Mariana e Ouro Preto, na Região Central do Estado. A empresa, que é acionista da Samarco, solidarizou-se com os empregados, suas famílias e as comunidades atingidas.
Ainda de acordo com a Vale, "desde o acionamento imediato do plano emergencial da Samarco, para garantir a integridade das pessoas e do meio ambiente, a empresa vem oferecendo total apoio e assistência às equipes da empresa e autoridades locais que estão trabalhando na região".
"Gostaríamos de expressar nossa solidariedade a todos os atingidos por este lamentável acidente nas barragens de rejeitos da Samarco em Minas Gerais. Não mediremos esforços para prestar todo o apoio necessário à Samarco e às autoridades neste triste momento para os empregados, seus familiares e as comunidades vizinhas", disse o presidente da Vale, Murilo Ferreira.