Em tempos de crise econômica, medo de perder emprego e crescimento da violência, os chamados “pequenos seguros” – ou Affinity – têm sido uma alternativa para aqueles que querem minimizar prejuízos. Hoje é possível adquirir proteção para o caso de roubo de celulares, tablets ou notebooks; auxílio na confecção de documentos em caso de roubo de bolsa ou do cartão de crédito. O nicho de mercado está começando a despertar a atenção das seguradoras, que prometem investir a curto e médio prazo para alavancar o produto, correspondente hoje a cerca de 2% da carteira das instituições.
O integrante da Comissão Técnica de Ramos Elementares do Sindicato das Empresas de Seguro no Estado de Minas Gerais (Sindseg), Ricardo Miranda, explica que esse tipo de seguro nasceu diante de uma necessidade verificada no mercado. Ele cita como exemplo a chamada garantia estendida de produtos eletroeletrônicos. Nessa modalidade, o consumidor estende o prazo para reposição ou conserto do aparelho, que pode ser de um ou dois anos depois de vencido o tempo determinado pelo fabricante. “A garantia estendida surgiu diante do grande crescimento da indústria e da compra de eletrônicos, e vem atender especialmente a população das classes C a E, que talvez tenha levado tempo para conquistar um produto”, diz Miranda.
Para saber se vale a pena ou não obter um seguro, a técnica da Proteste – associação nacional voltada para defesa dos consumidores – Gisele Rodrigues é taxativa: o primeiro passo é ler o contato com atenção, especialmente as cláusulas de cobertura e exclusão. Depois, é fazer as contas do valor a ser pago pelo consumidor e do desembolso da seguradora em caso de ressarcimento. “Isso vai variar de caso a caso e de cada contrato. Se você tem um aparelho celular que custa R$ 2 mil, R$ 3 mil, pode compensar sim ter o seguro, especialmente se a pessoa tem o costume de atender o telefone em lugares públicos”, explica Gisele.
E ao contrário do que muita gente pensa, o seguro para telefones celulares não é tão novo. Os primeiros foram firmados na década de 1990, quando uma linha móvel era exclusividade das classes mais altas. “Como a condição financeira de ter um celular era muito pequena, esse seguro não se propagou. Mas agora, está voltando”, pondera Ricardo Miranda. Isso se deve à popularização dos aparelhos e o lançamento de modelos mais incrementados e caros.
Uma das instituições que oferecem esse tipo de seguro é a BNP Paribas Cardif do Brasil. De acordo com o diretor comercial de Varejo, Antônio Pastore, é cada vez maior o número de consumidores que optam por ter um seguro para portáteis, especialmente celulares. O que vale também para a modalidade de proteção financeira. “Em função do ambiente de crise, o consumidor que está indeciso em fazer um financiamento, acaba tendo essa oportunidade de contratar uma dívida com seguro”, explica Pastore. Há a opção pelo seguro para aquele assalariado que perde o emprego e também para autônomos e profissionais liberais que se tornem incapacitados para o trabalho temporariamente.
Orientação O vice-presidente de Relações com o Mercado da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros (Fenacor), Dorival Alves de Sousa, alerta para a necessidade de os consumidores procurarem uma seguradora e corretor de sua confiança para evitar o famoso “conto do vigário”. O primeiro erro que se comete, de acordo com ele, é a confusão entre roubo e furto – no primeiro há uso de violência, e é o caso geralmente coberto pelas seguradoras mediante a apresentação de boletim de ocorrência feito pela Polícia Militar. Casos de perdas dificilmente são compensados pelas seguradoras.
“Vale muito a pena ter esse tipo de seguro, mas o consumidor deve estar bem orientado e ciente da sua cobertura”, diz Dorival. Segundo ele, dessa forma evita-se que o segurado seja pego de surpresa e recorra ao Judiciário em busca de direitos que às vezes não contratou. Segundo ele, um grande problema enfrentado pelas seguradoras é a falta de preparo de corretores e de lojas – especialmente as de departamento – que em prol de bater metas de venda, não orientam o consumidor corretamente. “Esse tipo de comportamento denigre a loja e o seguro, o que é muito ruim para o setor”, lamenta.
Proteção ampla
» Algumas modalidades de seguro
Cartão de crédito
O seguro contra roubo e furtos oferece o ressarcimento em caso de transações fraudulentas e irregulares.
Bolsa protegida
Indeniza o segurado em caso de roubo ou furto qualificado da bolsa. Pode abranger o acessório e itens como carteira, celular, óculos de sol, cosméticos e chaves.
Proteção financeira
Assegura o pagamento de mensalidades de financiamentos por tempo predeterminado. As coberturas vão desde desemprego involuntário a morte, invalidez por acidente ou incapacidade física.
Garantia estendida
É uma modalidade de seguro que consiste na manutenção do produto adquirido após o vencimento da garantia legal ou contratual.
O integrante da Comissão Técnica de Ramos Elementares do Sindicato das Empresas de Seguro no Estado de Minas Gerais (Sindseg), Ricardo Miranda, explica que esse tipo de seguro nasceu diante de uma necessidade verificada no mercado. Ele cita como exemplo a chamada garantia estendida de produtos eletroeletrônicos. Nessa modalidade, o consumidor estende o prazo para reposição ou conserto do aparelho, que pode ser de um ou dois anos depois de vencido o tempo determinado pelo fabricante. “A garantia estendida surgiu diante do grande crescimento da indústria e da compra de eletrônicos, e vem atender especialmente a população das classes C a E, que talvez tenha levado tempo para conquistar um produto”, diz Miranda.
Para saber se vale a pena ou não obter um seguro, a técnica da Proteste – associação nacional voltada para defesa dos consumidores – Gisele Rodrigues é taxativa: o primeiro passo é ler o contato com atenção, especialmente as cláusulas de cobertura e exclusão. Depois, é fazer as contas do valor a ser pago pelo consumidor e do desembolso da seguradora em caso de ressarcimento. “Isso vai variar de caso a caso e de cada contrato. Se você tem um aparelho celular que custa R$ 2 mil, R$ 3 mil, pode compensar sim ter o seguro, especialmente se a pessoa tem o costume de atender o telefone em lugares públicos”, explica Gisele.
E ao contrário do que muita gente pensa, o seguro para telefones celulares não é tão novo. Os primeiros foram firmados na década de 1990, quando uma linha móvel era exclusividade das classes mais altas. “Como a condição financeira de ter um celular era muito pequena, esse seguro não se propagou. Mas agora, está voltando”, pondera Ricardo Miranda. Isso se deve à popularização dos aparelhos e o lançamento de modelos mais incrementados e caros.
Uma das instituições que oferecem esse tipo de seguro é a BNP Paribas Cardif do Brasil. De acordo com o diretor comercial de Varejo, Antônio Pastore, é cada vez maior o número de consumidores que optam por ter um seguro para portáteis, especialmente celulares. O que vale também para a modalidade de proteção financeira. “Em função do ambiente de crise, o consumidor que está indeciso em fazer um financiamento, acaba tendo essa oportunidade de contratar uma dívida com seguro”, explica Pastore. Há a opção pelo seguro para aquele assalariado que perde o emprego e também para autônomos e profissionais liberais que se tornem incapacitados para o trabalho temporariamente.
Orientação O vice-presidente de Relações com o Mercado da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros (Fenacor), Dorival Alves de Sousa, alerta para a necessidade de os consumidores procurarem uma seguradora e corretor de sua confiança para evitar o famoso “conto do vigário”. O primeiro erro que se comete, de acordo com ele, é a confusão entre roubo e furto – no primeiro há uso de violência, e é o caso geralmente coberto pelas seguradoras mediante a apresentação de boletim de ocorrência feito pela Polícia Militar. Casos de perdas dificilmente são compensados pelas seguradoras.
“Vale muito a pena ter esse tipo de seguro, mas o consumidor deve estar bem orientado e ciente da sua cobertura”, diz Dorival. Segundo ele, dessa forma evita-se que o segurado seja pego de surpresa e recorra ao Judiciário em busca de direitos que às vezes não contratou. Segundo ele, um grande problema enfrentado pelas seguradoras é a falta de preparo de corretores e de lojas – especialmente as de departamento – que em prol de bater metas de venda, não orientam o consumidor corretamente. “Esse tipo de comportamento denigre a loja e o seguro, o que é muito ruim para o setor”, lamenta.
Proteção ampla
» Algumas modalidades de seguro
Cartão de crédito
O seguro contra roubo e furtos oferece o ressarcimento em caso de transações fraudulentas e irregulares.
Bolsa protegida
Indeniza o segurado em caso de roubo ou furto qualificado da bolsa. Pode abranger o acessório e itens como carteira, celular, óculos de sol, cosméticos e chaves.
Proteção financeira
Assegura o pagamento de mensalidades de financiamentos por tempo predeterminado. As coberturas vão desde desemprego involuntário a morte, invalidez por acidente ou incapacidade física.
Garantia estendida
É uma modalidade de seguro que consiste na manutenção do produto adquirido após o vencimento da garantia legal ou contratual.