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Estado de Minas

MRV investe na compra de lotes

Construtora aposta na terceira fase do Minha casa, minha vida. Empresa fez aportes de R$ 30 bi de janeiro a setembro


postado em 13/11/2015 06:00 / atualizado em 13/11/2015 07:24

Em um panorama de maior restrição de crédito, a MRV Engenharia, maior construtora e incorporadora do país no segmento de imóveis para as classes baixa e média, amplia seus investimentos em terrenos de olho no lançamento da terceira fase do Minha casa, minha vida. A companhia aproveitou as boas condições do mercado para expandir fortemente o banco de terrenos. O investimento total de janeiro a setembro foi de R$ 30 bilhões, ante R$ 23,5 bilhões no mesmo período do ano passado, segundo balanço financeiro do terceiro trimestre divulgado ontem pela empresa.


O banco de terrenos da construtora fechou outubro com 201.878 unidades. São 35,1 mil unidades a mais que em igual mês do ano passado. “No terceiro trimestre, 56% dos terrenos foram adquiridos na modalidade de permuta ou mediante pagamento parcelado e condicionado a aprovação dos projetos”. Do total, R$ 1,5 bilhão já tem registro de incorporação emitido (10.629 unidades). “Não dá para ficar eufórico quando as coisas vão bem, nem posso ficar receoso em comprar porque a situação da economia não está muito boa”, afirma o diretor-executivo financeiro da MRV, Leonardo Corrêa.


Os lançamentos da empresa mantiveram-se estáveis no ano. Nos três primeiros trimestres do ano passado, foram 21.022 unidades lançadas, enquanto em igual período do ano passado foram 20.899 (0,6% a mais). A construtora encerrou o terceiro trimestre deste ano com alta de 21,3% ante igual período de 2014. A companhia negociou 7.452 unidades no intervalo ante 6.145 entre julho e setembro do ano passado. Nos três primeiros trimestres do ano passado, foram 21.022 unidades lançadas, enquanto em igual período do ano passado foram 20.899 (0,6% a mais).


Pelos números, a MRV tem optado por diversificar seu portfólio, com mais lançamentos no interior do que em capitais e regiões metropolitanas. Até o ano passado, as cidades do interior representavam 45% dos empreendimentos lançados, tendo subido para 65% neste ano. “Como forma de abastecer os estoques e manter seu patamar, a estratégia de lançamentos da companhia vem priorizando as regiões que apresentam manutenção da demanda e baixa competitividade”, diz o balanço.

Vendas Em nove meses, as vendas caíram 9,2% ante o mesmo período do ano passado. Em números absolutos, as vendas recuaram R$ 416 milhões, de R$ 4,524 bilhões para R$ 4,108 bilhões. A empresa argumenta que o resultado se deve à maior concentração dos lançamentos em setembro. Outro fator importante, diz Corrêa, é a maior restrição nos contratos. “As vendas são firmadas só com clientes com carta aprovada no banco. (É um cenário) mais restritivo que no ano passado”, afirma Corrêa.


Nos nove primeiros meses do ano, a receita operacional líquida total da companhia subiu 16,2%, passando de R$ 3,059 bilhões para R$ 3,555 bilhões. No recorte do terceiro trimestre, o indicador teve alta de 6,3% ao se comparar com igual período do ano anterior (R$ 1,134 bilhão para R$ 1,205 bilhão). Por outro lado, o lucro líquido da empresa encerrou o período em queda de 34%. O resultado, segundo o diretor financeiro da MRV, Leonardo Corrêa, está diretamente atrelado ao alto lucro da subsidiária de propriedades comerciais do grupo no segundo trimestre do ano passado.


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