Com o IPCA-15 de novembro, divulgado nesta quinta-feira, registrando alta de 10,28% em 12 meses e a taxa de desemprego, também revelada nesta quinta-feira pelo IBGE, a 7,9%, o chamado "índice da miséria" do Brasil continua sua trajetória de forte alta. Esse conceito, criado pelo economista norte-americano Arthur Okun, soma inflação e desemprego, considerando que ambos criam custos econômicos e sociais para um país.
O atual nível do índice de miséria é o pior desde pelo menos 2008. Naquele ano, em meio à crise financeira internacional, o índice chegou perto de 14%. O indicador brasileiro também está entre os piores do mundo. A campeã disparada é a Venezuela, com mais de 80%. Na sequência aparece a Argentina, acima de 30%, e em terceiro lugar está a África do Sul, pouco abaixo dessa marca.
Enquanto isso, o índice de miséria dos EUA está em 5,2%, considerando uma taxa de desemprego de 5,0% e a inflação - medida pelo índice de preços dos gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) - de 0,2%. Trata-se do menor nível desde meados da década de 1950.