Rio, 26 - O presidente-executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, classificou de "histeria programada" a reação de entidades como a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e a Associação Nacional de Fabricantes de Eletroeletrônicos (Eletros) contra a possibilidade de o governo aumentar a alíquota do Imposto de Importação sobre o aço. A medida está em estudo pela Fazenda.
As entidades dizem que a alta da sobretaxa prejudicará a indústria consumidora do aço, que terá seus custos encarecidos. Lopes afirma que o argumento é falso e que estudos do instituto mostram que, entre janeiro de 2009 e setembro de 2015, o aço apresentou deflação de 6,4%. "O fato de ter aumento do Imposto de Importação não quer dizer que haverá aumento de preço", disse.
O IABr afirma que trabalhou por oito meses junto com entidades da cadeia metal-mecânica para que apresentassem medidas de defesa conjuntas, mas as conversas acabaram sendo abortadas. "Essas entidades não querem avançar porque têm hoje, em seu segmento, empresas que abriram mão do processo produtivo para optar pela importação. Não consigo entender essa histeria programada", disse.