São Paulo, 30 - As vendas reais nos supermercados brasileiros apresentaram queda de 1,56% no mês de outubro na comparação com igual período do ano anterior, segundo o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O indicador já considera dados deflacionadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Na comparação com setembro de 2015, as vendas reais aumentaram 8,89%.
No acumulado de janeiro a outubro, a queda é de 1,02% ante igual período do ano anterior. Considerando a variação nominal, as vendas em outubro registraram alta de 8,21% ante o mesmo mês de 2014. Em dez meses, o crescimento nominal é de 7,58%.
Em nota, a Abras considerou que o resultado real negativo já era esperado pelo setor, devido ao aumento das taxas de desemprego. "Apesar de esperado e previsto nas nossas projeções, esse resultado nos preocupa", afirmou em nota o vice-presidente da Abras, João Sanzovo Neto. "Mas continuamos trabalhando e esperamos vendas positivas neste final de ano, especialmente no período de Natal e Ano Novo", completou.
A projeção da Abras é de que as vendas do setor encerrem este ano em queda de 0,30% em relação a 2014. Essa projeção, divulgada em setembro, foi feita após uma série de revisões para baixo das perspectivas para o setor: no início do ano, a estimativa de crescimento chegou a ser de 2% e ela foi sendo revisada para baixo sucessivamente.
Cesta básica
O preço da cesta de itens básicos nos supermercados brasileiros subiu 0,60% em outubro na comparação com o mês imediatamente anterior, de acordo com a Abrasmercado, cesta composta por 35 produtos de largo consumo pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras.
O preço total da cesta saiu de R$ 415,25 em setembro para R$ 417,74 em outubro. Já na comparação com outubro de 2014, o preço da cesta subiu 12,83%.
Entre as maiores altas do mês passado estão itens como pernil, cujo preço subiu 7,71%, açúcar, com alta de 7,21%, e xampu, com aumento de 7,12%. Já as maiores quedas foram encabeçadas por cebola, com recuo de 35,84%, e farinha de mandioca, com queda de 17,67%.