Brasília, 07 - O mercado financeiro ajustou sua estimativa para a Selic ao fim do ano que vem e agora não tem mais dúvidas de que a taxa básica da economia ficará inalterada no patamar atual de 14,25% ao ano ao longo de todo 2016. A mediana das previsões do Relatório Focus para dezembro do ano que vem saiu de 14,13% ao ano para 14,25% aa depois que a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano manteve a Selic inalterada, mas com dois votos dissidentes de alta (0,50 pp). Estas expectativas dos economistas constam do relatório divulgado na manhã desta segunda-feira, 7, pelo Banco Central.
O foco do BC para a meta é o ano de 2017. Entre os economistas que mais acertam as projeções para o rumo da taxa básica de juros, o grupo Top 5 no médio prazo, a estimativa para 2016 seguiu em 13,00% aa pela quarta vez consecutiva.
Próximos anos
Após perceber que o Copom poderia elevar os juros de imediato, o mercado financeiro adotou um perspectiva ainda mais conservadora para a Selic dos próximos anos. Pela abertura do Relatório Focus, a taxa básica de juros encerrará 2017 em 11,75% ao ano, e não em 11,50%, como previa anteriormente.
No caso de 2018, a mediana das estimativas também subiu, passando de 10,50% para 10,75% aa. Para 2019, não houve alterações nas previsões de que os juros estarão em 10,00% ao ano. No caso de 2020, a mediana das previsões passou de 9,50% para 9,88% ao ano.
Analistas consultados pela Focus levaram a mediana para o patamar de 14,25% ao ano da Selic (que é o atual) para 2016 inteiro. No primeiro mês de 2017, no entanto, a expectativa era de um corte da taxa básica para 13,25% aa. Agora, espera-se uma dose menor de redução, com a Selic indo para 13,75% AA.
As projeções para os meses seguintes foram todas alteradas com um viés mais elevado. Para fevereiro, a mediana passou de 13,00% para 13,63%. No caso de março, a taxa passou de 12,75% para 13,50% e, no de abril também. Em maio, a mediana saiu de 12,75% para 13,13% e, em junho, de 12,75% para 13,00%.