Brasil e Uruguai assinam nesta quarta-feira, 9, novo acordo automotivo. Os detalhes do entendimento ainda não foram divulgados. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a assinatura será às 10h entre os ministros do Desenvolvimento, Armando Monteiro, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e os ministros uruguaios das Relações Exteriores, Rodolfo Nin Novoa, e da Indústria, Energia e Minas, Carolina Cosse. Em agosto, os dois países fecharam um acordo provisório, que deixa de valer em 31 de dezembro. Na época, a cota que o Brasil poderia vender ao Uruguai sem pagar imposto de importação passou de 8.500 veículos e US$ 99,6 milhões em autopeças em um ano para 10.056 veículos e US$ 99,6 milhões em autopeças somente no segundo semestre deste ano. Nas negociações, o Brasil defendia uma cota anual superior a 20 mil veículos, o que representaria quase metade do mercado uruguaio. Pelo lado do Uruguai, a principal reivindicação era flexibilizar a cota de nacionalização dos produtos vendidos. A exigência hoje é de que o bem exportado pelos uruguaios tenha pelo menos 50% de conteúdo local, mas eles tentam reduzir esse porcentual. Atualmente, os veículos brasileiros ocupam 21% do mercado uruguaio, que tem ainda a China com 28%, Índia com 14% e México e Coreia do Sul com 11% cada. Em 2006, a participação dos carros brasileiros era de 60%.