A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) fará, na próxima quinta-feira, um leilão para a venda de frequências que poderão ser usadas para a oferta de serviços de telefonia celular e banda larga fixa. Oito empresas entregaram propostas para participar da licitação e 320 empresas demonstraram interesse nos lotes municipais oferecidos no leilão. As frequências oferecidas são “sobras” de leilões passados, não vendidas.
“Tivemos boa demanda para as sobras do SMP [Serviço Móvel Pessoal], com oito empresas disputando. Tem vários lotes com mais de um competidor. Nos lotes municipais, a presença de 320 empreendedores comprando frequência para disponibilizar banda larga mostra interesse importantíssimo”, avalia o presidente da Anatel, João Rezende. Segundo ele, o objetivo do leilão é aumentar a presença de pequenos provedores nos municípios.
Se todos os lotes forem vendidos pelo preço mínimo, o leilão poderá gerar arrecadação de R$ 1,6 bilhão, mas pode haver lotes sem proponentes. Os grupos que manifestaram interesse em participar do leilão são Claro, TIM, Telefônica, Nextel, Sercomtel, Clivo Participações, Lig Telecomunicações e TPA Telecomunicações.
A maioria dos cerca de 9 mil lotes municipais tem preços inferiores a R$ 10 mil e não será preciso apresentar garantias. O pagamento da outorga poderá ser feito em até dez anos, com parcelas anuais e juros baixos, além de carência de 36 meses.
O objetivo do leilão, segundo a Anatel, é ampliar a cobertura de serviços de telecomunicações no país e incentivar a participação de pequenos e médios prestadores ou mesmo de empresas que ainda não atuam no setor de telecomunicações.