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Estado de Minas

Mercado projeta retração de 3,62% do PIB em 2015

Previsão para inflação em 2015 subiu para 10,61%. Para 2016, analistas preveem queda de 2,67% da economia


postado em 14/12/2015 09:15 / atualizado em 14/12/2015 09:24

O Relatório de Mercado Focus pintou um quadro ainda mais negro para a atividade do País neste e no próximo ano. O documento divulgado na manhã desta segunda-feira, 14, pelo Banco Central (BC) trouxe que a perspectiva de retração da atividade do ano que vem passou de 2,31% para 2,67%. Há um mês, a mediana das projeções estava em -2,00%.

Para 2015, a perspectiva de contração do Produto Interno Bruto (PIB) saiu de 3,5% para 3,62% - um mês antes estava em queda de 3,10%. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC revisou de -1,1% para -2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano. Uma nova edição desse documento será divulgada até o Natal.

De acordo com o Focus, a mediana das expectativas para a produção industrial de 2015 saiu de -7,60% para -7,70% (um mês antes estava em -7,40%). Para 2016, o tombo foi ainda maior: passou de -2,40% para -3,45%. Há quatro semanas, estava em -2 15%.


Já na relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB de 2015, a projeção dos analistas passou por um leve ajuste, saindo de 35,55% para 35,50% - quatro edições antes estava justamente em 35,50%. Para 2016, a taxa passou de 40,00% para 40,40% - um mês antes estava em 39,40%.

Superávit comercial


O Relatório Focus revelou manutenção das estimativas dos analistas para a balança comercial de 2015, em US$ 15 bilhões. Quatro boletins atrás, estava em US$ 14,95 bilhões. O ponto central da pesquisa de 2016 também ficou paralisado em US$ 31,44 bilhões - quatro edições atrás do documento, estava em US$ 30,55 bilhões.

Já as previsões de déficit para a conta corrente de 2015 sofreram ajuste, passando de US$ 64,40 bilhões para US$ 64,00 bilhões - um mês antes estava em US$ 64,85 bilhões. Para 2016, a perspectiva de saldo negativo foi alterada de US$ 39,68 bilhões para US$ 39,52 bilhões - um mês antes estava em US$ 40,95 bilhões.

Nos últimos meses, segundo participantes, os analistas tentam reestimar as projeções levando em consideração a mudança de metodologia da nota do setor externo, em abril. A mediana das previsões para o novo Investimento Direto no País (IDP) saiu de US$ 62,60 bilhões para US$ 62,40 bilhões para 2015. Um mês atrás estava em US$ 62,80 bilhões. Para 2016, caiu de US$ 57 bilhões para US$ 55 bilhões. Quatro semanas atrás, estava em US$ 58 bilhões.

Inflação

A mediana das projeções para o IPCA de 2016 subiu mais um degrau no Relatório de Mercado Focus. Agora, a taxa está em 6,8% ante 6,7% da semana passada e de 6,5% de quatro semanas atrás. O Banco Central já avisou não focar mais 2016, mas, sim, 2017 em sua tarefa de levar a inflação para o centro da meta.

No caso de 2015, a mediana avançou de 10,44% para 10,61%, registrando a 13ª semana consecutiva em que há alta das estimativas para esta variável. Há quatro edições do documento, a mediana estava em 10,04%. No Top 5 de 2015, o ponto central da pesquisa passou de 10,61 para 10,72%.

Há quatro semanas, essa mediana estava em 10,28%. Para 2016, o grupo dos analistas que costumam acertar mais as estimativas, elevou a perspectiva para o IPCA de 2017 de 7,07% para 7,21%. Quatro edições atrás do boletim Focus, estava em 6,98%.

No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC havia apresentado estimativa de 9,5% para este ano tanto no cenário de referência quanto no de mercado. Pelos cálculos da instituição revelados no RTI, o IPCA para 2016 subiu de 4,8% para 5,3% no cenário de referência e passou de 5,1% para 5,4% no de mercado. Na ata do Copom mais recente, o BC informou que suas projeções subiram ainda mais tanto no cenário de mercado quanto no de referência. Um novo RTI será divulgado antes do Natal.

Para a inflação de curto prazo, a estimativa para dezembro subiu de 0,85% para 0,90% de uma semana para outra ante taxa de 0,75% verificada há um mês. No caso de janeiro do ano que vem, a taxa permaneceu em 0,84% de uma semana para outra. Quatro semanas atrás estava em 0,80%. Já as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente voltaram a subir, passando de 6,99% para 7,01% - quatro edições atrás estavam em 6,76%.


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