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Estado de Minas

Fitch afirma que economia mundial crescerá 2,6% em 2016

A agência manteve suas previsões de crescimento quase inalteradas para a maioria dos países, com exceção praticamente apenas do Brasil


postado em 15/12/2015 15:30

A Fitch Ratings, uma das três maiores agências de classificação de risco de crédito do mundo ? ao lado da Moody"s e da Standard & Poor"s emitiu na segunda-feira 7 de dezembro, um relatório que afirma que o crescimento econômico mundial não será afetado pelo baixo rendimento econômico dos países emergentes no cenário mundial. Segundo Ricardo Guimarães, presidente do Banco BMG, a Fitch Ratings prevê que o crescimento econômico do planeta em 2015 será de 2,3%, tendo um aumento para 2,6% em 2016 e outro aumento para 2,7% em 2017

Ricardo Guimarães, do Banco BMG, ressalta que este crescimento progressivo previsto pela Fitch para os próximos dois anos representa uma ligeira melhora após o mais fraco desempenho econômico desde a crise financeira global, que aconteceu em 2015 (com crescimento previsto para 2,3%). O relatório da Fitch aponta que os decepcionantes desempenhos das economias emergentes não aparentam estar causando interferências na economia de países já desenvolvidos.


A Fitch manteve suas previsões de crescimento quase inalteradas para a maioria dos países, com exceção praticamente apenas do Brasil. O presidente do Banco BMG, Ricardo Guimarães, cita que a Fitch prevê agora que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tenha uma queda de 3,7% para 2015, um aumento significativo em relação a última estimativa emitida pela agência que previa uma queda do PIB nacional em 3% para o ano. Para 2016 a Fitch prevê nova queda do PIB brasileiro, desta vez de 2,6%.

Um emergente que preocupava a economia mundial era a China. Havia o grande temor de que houvesse uma forte desaceleração do PIB chinês em curto prazo, em função da volatilidade observada no mercado financeiro do hemisfério norte no meio do ano. Contudo, indicadores recentes não confirmaram tal temor, lembra Ricardo Guimarães. A flexibilização política chinesa em conjunto com fortes investimentos em infraestrutura foram outros fatores que ajudaram a frear o desaquecimento do PIB chinês, avalia a Fitch

Porém, a Fitch ressalta que ainda se espera uma pequena desaceleração na economia chinesa no último trimestre de 2015. Uma tendência que deve seguir para ano seguinte, de 2016. O executivo do BMG reporta que, para o próximo ano, a Fitch espera que as economias emergentes observem uma pequena melhora em seus desempenhos, mas ainda insuficiente para se transformar numa recuperação real. A Fitch prevê uma estabilização do mercado russo, devido um encolhimento no consumo e nas importações do país, o que deve servir de combustível para o comércio líquido do país.

Segundo a Fitch, a Índia é o único país que deverá apresentar bom desempenho econômico entre os países-membros dos Brics, acrônimo referente aos países que apresentavam grande potencial de crescimento há alguns anos, sendo eles Brasil, Rússia, China e África do Sul. Ricardo Guimarães, presidente do Banco BMG, ressalta que o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) deverá adotar uma postura cautelosa após a primeira elevação dos juros americanos, que é prevista para acontecer ainda em dezembro. A Fitch estima que o FED aumente os juros quatro vezes até o final de 2016.


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