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Estado de Minas

Mercado prevê mais inflação e queda de 2,9% do PIB em 2016

Previsão do IPCA deste ano subiu para 6,93%. A projeção para a cotação do dólar foi ajustada de R$ 4,21 para R$ 4,25, ao final de 2016


postado em 11/01/2016 09:31 / atualizado em 11/01/2016 09:49

As projeções do mercado financeiro para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano seguem no terreno negativo, mas as de 2017 mostram alguma expectativa de recuperação, ainda que não seja tão forte. A mediana das estimativas no Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 11, pelo Banco Central, ficou em -2,99% para 2016 ante taxa de -2,95% apontada no levantamento anterior

Há quatro semanas, a aposta era de uma queda menor, de 2,67%. Um ano atrás, os especialistas consultados pelo BC acreditavam que haveria crescimento este ano, de 1,80%.

Já para 2017, a expectativa é mais otimista, de expansão de 0,86%. Mesmo assim, está menor do que a taxa mediana de 1,00% calculada na edição anterior. Quatro semanas atrás, a mediana das projeções de crescimento do PIB no ano que vem também era de 1,00%.


A produção industrial segue como principal setor responsável pelas previsões para o PIB em 2016 e 2017. No boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa de baixa de 3,45% para este ano ante -3,50% prevista na semana passada.

Na pesquisa realizada quatro semanas atrás, a mediana das estimativas estava em -3,45%. Para 2017, as apostas são de expansão de 1,98% para a indústria - na semana passada, a mediana estava em 2,00% e quatro semanas antes, em 1,75%.

Os economistas também ajustaram suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB. Para 2016, a mediana das previsões saiu de 40,00% para 39,30%. Quatro semanas antes estava em 40,40%. No caso de 2017, as expectativas se mantiveram em 41,40% - no boletim divulgado há um mês a taxa era de 41,05%.

Inflação

Na previsão das instituições financeiras, a recessão da economia vem acompanhada de inflação acima da meta este ano. A meta de inflação é 4,5%, com limite superior de 6,5%, em 2016.

O teto da meta para 2017 é 6%. O cálculo das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, foi ajustado pela segunda vez seguida, ao passar de 6,87% para 6,93%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta, em 5,20%.

Na perspectiva das instituições financeiras, a taxa básica de juros, a Selic, deve ser elevada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, na reunião da próxima semana, dos atuais 14,25% para 14,75% ao ano. Ao final de 2016, a expectativa é que a Selic esteja em 15,25% ao ano. Em 2017, a expectativa é que a taxa básica seja reduzida, encerrando o período em 12,75% ao ano. A previsão anterior era 12,50% ao ano.

Já a projeção para a cotação do dólar foi ajustada de R$ 4,21 para R$ 4,25, ao final de 2016, e de R$ 4,20 para R$ 4,23, no fim de 2017.(Com agências)


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