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Estado de Minas

Vendas do comércio caem 7,8%, pior resultado em 12 anos

Já na comparação mensal, varejo registrou alta de 1,5% em novembro, a 2ª seguida


postado em 13/01/2016 09:15 / atualizado em 13/01/2016 11:37

Em novembro, a queda nas vendas foi a mais intensa desde março de 2003, segundo o IBGE (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Em novembro, a queda nas vendas foi a mais intensa desde março de 2003, segundo o IBGE (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
A menor oferta de crédito no país e a alta nas taxas de juros, aliadas ao aumento do desemprego e renda mais baixa refletiram no ritmo de compras dos brasileiros. As vendas do varejo brasileiro fecharam novembro de 2015 com queda de 7,8%, na comparação com o mesmo mês de 2014. É o maior recuo desde março de 2003 (11%), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também é a oitava taxa negativa nesse tipo de comparação. Em Minas, as vendas no varejo cresceram 0,5% em novembro na comparação com outubro e caíram 2,9% ante igual período do ano passado.

No país, o comércio surpreendeu com alta de 1,5% em relação a outubro, atribuída às compras antecipadas de Natal. As promoções da Black Friday também ajudaram a impulsionar as vendas do varejo, afirmou a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes. Além disso, o penúltimo mês do ano tem sido beneficiado pelo hábito dos brasileiros de comprar presentes de Natal online, o que antecipa parte da sazonalidade da data comemorativa."Embora seja apoiado por maior parte das atividades, o resultado está concentrado no desempenho de vendas de bens duráveis, especialmente móveis e eletrodomésticos e equipamentos de informática", disse Isabella.

A alta de 6,9% no segmento de móveis e eletrodomésticos foi um dos destaques dos resultados do mês. No mesmo período, a atividade de equipamentos de informática melhorou 17,4%. "As promoções que ocorrem especialmente no mês de novembro vêm estimulando a venda de bens duráveis, especialmente smartphones, tablets", citou a gerente. No entanto, na comparação com o mesmo de 2014, as vendas no setor caíram 14,7%, influenciadas pelo crédito escasso e elevação da taxa de juros. "O patamar de vendas ainda é muito baixo", disse. "O setor vem sofrendo com elevação de juros, redução na renda. Tudo isso inibe o consumo desses bens, que são mais caros e consomem uma fatia maior dos rendimentos."

Supermercados
Mesmo com o consumidor concentrando suas compras em itens básicos e indispensáveis, como alimentos e bebidas, o setor de supermercados e hipermercados registrou baixa. No mês, as vendas tiveram queda de 5,7% em relação a novembro de 2014, o pior resultado desde junho de 2003 (-8,6%). Entre outubro e novembro, a atividade também recuou 1,5%.

"Os alimentos vêm evoluindo acima da média geral da inflação, mas especialmente em novembro houve avanço de 2,5% na alimentação no domicílio. Isso foi muito forte e provocou a queda nas vendas", explicou Isabella.

Embora o fator preço tenha sido o principal efeito sobre o comportamento de hiper e supermercados em novembro, a gerente lembrou que a atividade já vinha sofrendo diante de um cenário delicado para o varejo. "A influência de preço foi maior em novembro, mas esse setor já vem caindo diante do comportamento da renda", ressaltou.

Em novembro deste ano, a massa de renda real habitual encolheu 12,2% em relação a igual mês de 2014, de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), também do IBGE.

Ampliado

As vendas do varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, subiram 0,5% em novembro ante outubro. Na comparação com novembro do ano passado, as vendas do varejo ampliado tiveram queda de 13,2% em novembro deste ano, o pior de toda a série histórica, iniciada em 2004.

Até novembro, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam queda de 8,4% no ano e recuo de 7,8% nos últimos 12 meses. Já as vendas em setembro ante agosto foram revisadas para recuo de 1,7%, ante redução de 1,6% na leitura inicial. (Com agências)


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