São Paulo, 13 - O número de veículos financiados em 2015 acompanhou a queda nas vendas do mercado automotivo e registrou baixa de 16,9% em relação a 2014, mostram dados preliminares da Unidade de Financiamento da Cetip, obtidos com exclusividade pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Foram 5,311 milhões de financiamentos no ano passado, considerando veículos novos e usados. Para os novos, houve recuo de 26% em comparação com 2014, para 2,338 milhões. Para os usados, a baixa foi de 8%, para 2,973 milhões.
"A diminuição da renda disponível entre os trabalhadores e a queda da confiança do consumidor foram os principais fatores para o recuo em 2015", avalia o gerente de Relações Institucionais da Cetip, Marcus Lavorato. "Se você pede um empréstimo que vai comprometer sua renda, tem que acreditar na recuperação da economia e que vai continuar empregado", observou. Além disso, ficou menor o apetite das instituições financeiras para conceder crédito.
Lavorato destacou também que a retração no financiamento atingiu principalmente as montadoras que lideram as vendas dos segmentos de automóveis e comerciais leves no Brasil: GM, Fiat e Volkswagen. "Possivelmente devido a uma maior participação de veículos de entrada no portfólio, segmento voltado para um público com renda menor e mais vulnerável à crise e à inflação", disse. "Na hora de escolher se compra ou não, uma quantia de R$ 200 já faz a diferença na hora de fazer o financiamento."
Líder do mercado em 2015, a Fiat teve a maior queda nos financiamentos em relação a 2014, de 39,2%. Volkswagen e GM aparecem em seguida, com recuos de 36,6% e 33,5%, respectivamente. Em dezembro de 2015, os financiamentos, considerando todas as montadoras, tiveram alta de 18,9% em relação a novembro, em razão do tradicional aquecimento da economia no último mês do ano, que conta com a injeção do 13º salário. No entanto, na comparação com igual mês do ano anterior, houve baixa de 44,4%.
Os números de financiamento estão em linha com os dados de vendas do ano passado, divulgados na semana passada pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em 2015, foram 2,569 milhões de unidades vendidas, recuo de 26,5% em relação ao volume de 2014 (3,497 milhões), a maior retração desde 1987. Foi o terceiro ano seguido de queda. Em 2014, houve recuo de 7,15% em relação ao ano anterior. Em 2013, a queda havia sido de 0,9%, a primeira baixa em dez anos.
Por segmento, os emplacamentos de automóveis e comerciais leves somaram 2,476 milhões de unidades no ano passado, baixa de 25,5% sobre 2014. Entre caminhões, a queda foi de 47,6%, para 71,7 mil unidades. No caso dos ônibus, houve recuo de 36,5%. O setor automotivo teve seu auge em 2012, quando vendeu 3,8 milhões de unidades. À época, o mercado ainda contava com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), medida que tornou os veículos mais baratos e estimulou o consumo.
"A diminuição da renda disponível entre os trabalhadores e a queda da confiança do consumidor foram os principais fatores para o recuo em 2015", avalia o gerente de Relações Institucionais da Cetip, Marcus Lavorato. "Se você pede um empréstimo que vai comprometer sua renda, tem que acreditar na recuperação da economia e que vai continuar empregado", observou. Além disso, ficou menor o apetite das instituições financeiras para conceder crédito.
Lavorato destacou também que a retração no financiamento atingiu principalmente as montadoras que lideram as vendas dos segmentos de automóveis e comerciais leves no Brasil: GM, Fiat e Volkswagen. "Possivelmente devido a uma maior participação de veículos de entrada no portfólio, segmento voltado para um público com renda menor e mais vulnerável à crise e à inflação", disse. "Na hora de escolher se compra ou não, uma quantia de R$ 200 já faz a diferença na hora de fazer o financiamento."
Líder do mercado em 2015, a Fiat teve a maior queda nos financiamentos em relação a 2014, de 39,2%. Volkswagen e GM aparecem em seguida, com recuos de 36,6% e 33,5%, respectivamente. Em dezembro de 2015, os financiamentos, considerando todas as montadoras, tiveram alta de 18,9% em relação a novembro, em razão do tradicional aquecimento da economia no último mês do ano, que conta com a injeção do 13º salário. No entanto, na comparação com igual mês do ano anterior, houve baixa de 44,4%.
Os números de financiamento estão em linha com os dados de vendas do ano passado, divulgados na semana passada pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em 2015, foram 2,569 milhões de unidades vendidas, recuo de 26,5% em relação ao volume de 2014 (3,497 milhões), a maior retração desde 1987. Foi o terceiro ano seguido de queda. Em 2014, houve recuo de 7,15% em relação ao ano anterior. Em 2013, a queda havia sido de 0,9%, a primeira baixa em dez anos.
Por segmento, os emplacamentos de automóveis e comerciais leves somaram 2,476 milhões de unidades no ano passado, baixa de 25,5% sobre 2014. Entre caminhões, a queda foi de 47,6%, para 71,7 mil unidades. No caso dos ônibus, houve recuo de 36,5%. O setor automotivo teve seu auge em 2012, quando vendeu 3,8 milhões de unidades. À época, o mercado ainda contava com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), medida que tornou os veículos mais baratos e estimulou o consumo.