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Estado de Minas

Volume do setor de serviços em Minas recua 7,9% em novembro

É a maior queda da série, iniciada em 2012, segundo o IBGE. Volume dos serviços prestados às famílias teve a maior baixa, de 9,2%


postado em 14/01/2016 10:29 / atualizado em 14/01/2016 14:03

A receita do setor de prestação de serviços em Minas Gerais recuou 7,9% em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2014, divulgou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior queda da série do levantamento de dados iniciada em 2012. No acumulado de 2015, o volume de serviços prestados sofreu baixa de 4,2%. Em 12 meses, diminuiu 3,9%. O recuo no estado é superior aquele registrado no país, de 6,3% em relação a novembro de 2014. Em outubro ante igual mês de 2014, a redução havia sido de 5,8%. Com isso, o volume de serviços prestados acumula queda de 3,4% no ano. Já em 12 meses, o recuo de 3,1% é o maior já verificado em toda a série histórica, iniciada em janeiro de 2013 neste tipo de comparação.

Segundo o analista do IBGE em Minas, Antonio Braz de Oliveira e Silva, o estado já vem apresentando dados negativos há algum tempo, com declínio e crescimento abaixo da média nacional. "O estado tem uma diversificação menor do que a média do país. A presença de grandes empresas não é tão forte quanto em São Paulo e no Rio, por exemplo", explica.


Todos os segmentos tiveram variações negativas, com destaque para os serviços prestados às famílias, que caíram 6,6% em novembro ante igual mês de 2014. Trata-se do pior mês de novembro para o setor, que já acumula 18 meses seguidos de retração na comparação interanual. Em Minas, o recuo foi de 9,2%. "A queda na renda e o aumento do desemprego afetaram o desempenho do setor”, observa o analista. Segundo ele, em tempos de recessão, o consumidor se concentra em itens básicos para se ajustar a realidade, o que pressiona o resultado dos serviços, em especial o comércio. Ontem, o IBGE divulgou que as vendas do comércio varejista mineiro caíram 2% frente a novembro de 2014, enquanto no país alcançou 7,8%.

O volume de serviços profissionais, administrativos e complementares também cedeu 14,6% no estado em novembro ante igual mês de 2014. No país (-6,6%), o resultado é puxado pelos serviços técnico-profissionais (-7,1%), embora o segmento administrativo e complementar também tenha piorado (-6,4%). "São serviços comprados pelo setor produtivo, empresas industriais e comerciais, ou seja, o próprio governo vem diminuindo a compras desses serviços", destaca.

Os serviços de transportes, por sua vez, recuaram 11,4% em novembro ante novembro de 2014. "Até o transporte de carga vem sendo pressionado, diante da produção em queda", conclui Antonio Braz. O segmento de outros serviços caiu 11,4% em novembro. No país, a queda no setor foi de 8,2%, apontou o IBGE - uma contribuição de -2,6 pontos porcentuais no resultado geral, que foi de queda de 6,3% no período. O principal impacto negativo veio do transporte terrestre (-13,8%), seguido por armazenagem (-6,2%). O volume de transporte aéreo cresceu 11,3%, enquanto o transporte aquaviário avançou 15,6%.

Resultados regionais

Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços indicam que, em novembro, apenas cinco estados mostraram crescimento no volume de serviços na comparação novembro2015/novembro2014, com destaque para Roraima, com expansão de 10,9%, Mato Grosso (5,9%), Rondônia (4,1%), Tocantins (2,4%) e Pará (0,5%). Já as maiores variações negativas no volume de serviços foram observadas na Bahia (-17,9%), Amazonas (-15,%) e Amapá (-14,7%).

O IBGE também divulgou o comportamento do setor de serviços analisando separadamente as Atividades Turísticas, que encerraram novembro com redução de 1,9% sobre novembro de 2014, de -2,2% no resultado acumulado do ano e também de -2,2% na taxa acumulada dos últimos 12 meses. Minas Gerais não apresentou variação ante novembro de 2014. Já

no resultado acumulado do ano e na taxa acumulada dos últimos 12 meses, as quedas foram de 4% e 3,6%, respectivamente. "Tomando-se a variação acumulada em 12 meses como referência, esse grupamento de atividades
vem apresentando queda, em Minas Gerais, desde maio de 2015 (7 meses). Já no Brasil, as quedas se apresentam desde fevereiro de 2015 (10 meses)", disse o IBGE, em nota.

Em termos regionais, ainda na análise das atividades turísticas, segundo as Unidades da Federação selecionadas, as variações positivas no ano no volume de serviços foram anotadas no Distrito Federal (5%), Goiás (3,2%) e Pernambuco (2,8%). Já as variações negativas ocorreram no Espírito Santo (-10%), Santa Catarina (-8,1%), Paraná (-6,2%), Bahia (-5,7%), Rio Grande do Sul (-4,4%), Ceará (-3,6%), Rio de Janeiro (-2,5%) e São Paulo (-2,4%).

Receita nominal

Em novembro, a receita nominal fechou também em queda de -0,8%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses registrou queda de -3,1%. Já a receita nominal do período fechou em alta 1,4% no ano e de 1,8% no acumulado de 12 meses.(Com agências)


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