São Paulo – O mercado brasileiro de motocicletas encerrou 2015 com a venda de 1,27 milhão de unidades, representando queda de 11% em relação ao nível dos negócios no ano anterior, informou a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), com base nos emplacamentos registrados no período. Só em dezembro, foram comercializadas 131,2 mil unidades, alta de 24,6% ante novembro. Frente a idêntico mês de 2014, houve expansão de 2,8%.
No atacado, as vendas também caíram. As concessionárias receberam 1,18 milhão de motocicletas em 2015, recuo de 16,8% na comparação com 2014. No último mês do ano, 69,2 mil unidades foram comercializadas, o que significa 1,8% menos diante das estatísticas de novembro e tombo de 39,3%, quando comparado a dezembro de 2014.
A redução da demanda por motocicletas, tanto no varejo quanto no atacado, resultou em dimnuição da produção. No ano passado, as fábricas de todo o país produziram 1,26 milhão de unidades, declínio de 16,8% sobre o ano anterior. Em dezembro, 50,6 mil unidades foram fabricadas, 32,5% menos do que o volume de novembro e 40,3% abaixo dos registros de igual mês de 2014.As vendas no atacado ficaram abaixo do que a Abraciclo previa, a comercialização de 1,2 milhão de motos
As exportações movimentaram 69,1 mil unidades em 2015, volume que retraiu 21,5% ante 2014. Em dezembro, os embarques para o mercado externo atingiram 5,9 mil unidades, 5,6% a menos em relação a novembro e 1,8% abaixo de dezembro de 2014.
Neste ano, a Abraciclo trabalha com projeções de leve melhora nas vendas no varejo, de 0,5%. No atacado, o crescimento tende a ser maior, de 2,5%, com ampliação da produção no mesmo ritmo. A associação também estima exportações 8,5% superiores às do ano passado. Se as previsões dos fabricantes se confirmarem, a produção de 2016 alcançará 1,280 milhão de motos.
Comércio virtual foge à turbulência
As vendas do comércio eletrônico brasileiro tiveram crescimento nominal de 15,3% em 2015 na comparação com o ano anterior, segundo levantamento da E-bit, empresa especializada em informações do setor. O faturamento das lojas virtuais brasileiras atingiu R$ 41,3 bilhões no ano.
O crescimento das vendas foi impulsionado por alta de 12% no tíquete médio das compras. Pedro Guasti, cofundador da E-bit, afirmou que o setor vive desaceleração nas vendas em volume, mas o faturamento tem sido beneficiado por aumento nos preços médios dos produtos. As classes de menor poder aquisitivo consumiram menos no comércio eletrônico, mas subiu a venda de itens de maior preço. A inflação também elevou os preços dos produtos vendidos on-line no decorrer do ano e as compras virtuais atingiram em média um valor de R$ 388 em 2015.