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Estado de Minas

Desemprego sobe para 9% no país


postado em 16/01/2016 00:12

Rio de Janeiro – A fila de desemprego continua crescendo no país, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre até outubro de 2015, um total de 2,513 milhões de pessoas passaram a buscar uma vaga, alta de 38,3% em relação a igual período de 2014. O avanço é o maior já verificado na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Com esse movimento, o Brasil tinha, no trimestre até outubro do ano passado, 9,077 milhões de desempregados.


Com isso, o desemprego foi a 9% no trimestre terceiro trimestre do ano passado, o maior desde 2012. No trimestre anterior, maio-junho-julho, a taxa de desocupação ficou em 8,6%, com um crescimento de 0,6 ponto percentual na comparação com os três meses anteriores. A taxa do trimestre de agosto a outubro de 2015 é 2,4 pontos percentuais maior do que a registrada no mesmo período de 2014, quando era de 6,6%. O rendimento real habitual em relação a maio-junho-julho teve variação de -0,7%. Já na comparação com agosto-setembro-outubro de 2014, houve queda de 1%.


Se de um lado há mais pessoas procurando emprego, do outro o número de vagas encolheu no período de um ano, já que 285 mil postos foram extintos. Assim, a população ocupada diminuiu 0,3% no trimestre até outubro de 2014 em relação a igual período de 2014. A força de trabalho, de acordo com o IBGE, aumentou 2,2% na mesma base de comparação, o que significa 2,227 milhões de pessoas a mais em atividade. Já o número de indivíduos que estão fora da força de trabalho – inativos – caiu 0,4% em relação ao trimestre até outubro de 2014, com 268 mil pessoas a menos nessa condição.


O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado diminuiu 3,2% no trimestre até outubro de 2015 em relação a igual período de 2014, segundo dados da Pnad Contínua. Com isso, 1,184 milhão de pessoas perderam o emprego formal no período. O contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado também caiu, apontou o IBGE. O recuo foi de 2,1% na mesma base de comparação, ou 214 mil pessoas a menos.


O número de trabalhadores por conta própria, por sua vez, avançou 4,2% no trimestre até outubro ante igual período de 2014. Isso significa que 913 mil pessoas ingressaram nessa modalidade de trabalho, caracterizada, em sua maioria, pela informalidade. O número de empregadores também aumentou 5,7% no período, com 219 mil pessoas a mais nessa condição. O contingente de empregados no setor público diminuiu 1,3% no trimestre até outubro em relação a igual período de 2014, o que significa 151 mil pessoas a menos, segundo o IBGE.


A intensa redução no número de trabalhadores com carteira assinada é um dos fatores por trás do aumento na procura por emprego, explicou ontem, o coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo. “O emprego com carteira tem FGTS, plano de saúde, uma série de garantias. Há a própria garantia do emprego. Mas os brasileiros têm tido a estabilidade afetada, um rendimento menor. Diante disso, outros membros da família (antes inativos) acabam saindo para buscar emprego”, explicou Azeredo.


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