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Estado de Minas

Rompimento de barragem pode comprometer PIB mineiro em 2016

Retração pode ser de um a dois pontos percentuais além do esperado, caso a Samarco, que não opera desde novembro, continue paralisada


postado em 17/01/2016 06:00 / atualizado em 17/01/2016 07:56

Com forte peso na composição do PIB de Minas Gerais, os resultados somados da mineração sofrerão considerável baque em 2016 com a inatividade da Samarco, empresa controlada pelas gigantes Vale e BHP Billiton. Sem operar desde novembro, depois do rompimento da Barragem de Fundão, a empresa não tem previsão para retomar a extração de minério de ferro. Com isso, segundo cálculos da Fiemg, os resultados da economia mineira neste ano podem sofrer retração ainda maior que a esperada. A estimativa é de que o PIB se retraía entre um e dois pontos percentuais além do esperado caso a empresa fique paralisada neste ano.


O economista Sérgio Guerra, da Fiemg, afirma que a projeção inicial era de recuo de 2,8%, mas, com a parada da Samarco, a estimativa é de revisão para até 4,8% de queda, se as operações da mineradora ficarem paralisadas até 31 de dezembro. Em novembro de 2015, segundo o IBGE, a atividade industrial mineira recuou 4% no comparativo com outubro, corte mais profundo desde dezembro de 2013, dado o impacto do rompimento da barragem. A Vale também anunciou que terá redução da produção devido ao desastre.


Haverá impacto, ainda, sobre as exportações. A produção industrial do estado, por mais estranho que possa parecer, ainda é mais diversificada que a pauta de vendas externas do estado, avalia Alexandre Brito, consultor de Negócios Internacionais da Fiemg. Os tradicionais embarques de Minas ao exterior são muitos concentrados nos chamados bens intermediários, que serão transformados em produtos industriais fora do país, a exemplo de minérios e produtos siderúrgicos. (Com Marta Vieira)


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