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Estado de Minas

Concessões viram alternativa para superar paralisia que toma conta do setor de infraestrutura


postado em 17/01/2016 06:00 / atualizado em 17/01/2016 08:03

São Paulo –  O governo tenta, neste ano, destravar o leilão de pelo menos 21 concessões na área de transporte. Se for bem-sucedido, estará dada a largada para o investimento de quase R$ 70 bilhões na expansão de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias. Mas, na avaliação de especialistas do setor de infraestrutura, o potencial de atração de investimentos é bem menor, de R$ 13 bilhões, cerca de 20% do total. As concessões seriam uma alternativa para superar, em parte, a paralisia que toma conta da área de infraestrutura.


“Temos uma série de projetos com muita atratividade e estamos conversando com investidores de todas as áreas, fazendo ajustes, para que os leilões sejam bem-sucedidos”, diz Maurício Muniz, secretário do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Ministério do Planejamento, que está na coordenação das concessões. Têm altíssimo potencial de sucesso, na visão de analistas do mercado de logística, os projetos de aeroportos – como os leilões dos aeroportos de Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre.


A concessão de portos é a outra aposta, principalmente no Pará, para o escoamento de grãos na chamada saída norte e, em particular, a Rodovia do Frango, em Santa Catarina, que somariam os cerca de R$ 13 bilhões. O que pesa a favor desses projetos é que eles proporcionam redução no custo de transporte dos grãos voltados à exportação, em especial para a China.
A maioria das concessões de rodovias, que demandam outros R$ 26 bilhões de investimentos, ainda precisa ser aprimorada e seu destino é considerado incerto neste momento, principalmente por questões financeiras. O freio nos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem segurado os investimentos. O governo espera licitar, neste ano, oito rodovias, mas a única dada como certa é a Rodovia do Frango.


Os lanterninhas são os projetos de ferrovias, que movimentariam mais de R$ 30 bilhões em investimentos. Há praticamente um consenso entre os analistas do setor de infraestrutura de que nenhum deles tem chance de sair do papel em 2016. Por causa do prolongado cenário de crise econômica e política, que gerou enorme falta de confiança entre os investidores nacionais e internacionais, projetos ferroviários tornaram-se um risco muito grande por demandarem investimentos gigantescos. Além disso, as grandes operadoras do país nesse segmento estão envolvidas na renegociação dos contratos atuais de concessão.


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