Brasília - O mercado financeiro passou a prever um superávit fiscal para o Brasil no ano que vem, de 0,20% do Produto Interno Bruto (PIB). Até então, a expectativa era de um resultado neutro (0%) para o indicador em 2017. Essa pequena melhora de humor pode ser verificada na abertura do Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 18,pelo Banco Central e que consulta cerca de 120 instituições financeiras. Vale lembrar que, para 2017, a perspectiva de déficit fiscal de 1,00% do PIB foi mantida no mesmo levantamento.
A deterioração da área fiscal foi um dos argumentos apresentados pelo Banco Central para ter fracassado na entrega da meta de inflação de 2015, segundo carta aberta do presidente da instituição, Alexandre Tombini, ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Ele também apontou como obstáculos a disparada do câmbio no ano passado (de 48,50%) e dos preços administrados.
Inflação
O Relatório Focus mostrou que as projeções para o IGP-DI deste ano dispararam. A mediana passou de 6,18% para 6,48% de uma semana para a outra. Quatro semanas atrás, estava em 6,11%. Para 2017, a perspectiva é de uma alta de 5,30% desse indicador, a mesma da semana passada. Quatro edições atrás da Focus, a mediana para o IGP-DI estava em 5,35%.
O boletim Focus trouxe também que o ponto central da pesquisa para o IGP-M de 2016 passou de 6,58% para 6,60% de uma semana para outra - um mês antes estava em 6,48%. No caso do ano que vem, a expectativa dos participantes é de que o principal índice de inflação referência para reajuste de alugueis suba 5,28%, de acordo com o boletim Focus - estava em 5,23% no levantamento anterior e em 5,05% no realizado quatro semanas antes.
O IPC-Fipe para 2016 passou de 6,04% para 6,06%, segundo a pesquisa Focus de hoje. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 5,81%. Para 2017, a inflação de São Paulo, conforme o mesmo levantamento aponta há cinco semanas, deverá ficar em 5,00%.