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Estado de Minas

Com perdas de 85%, Petrobras é campeã dentre as companhias que compõem o Ibovespa

Valor de mercado da estatal encolheu R$ 436,6 bilhões entre 28 empresas que viram queda de mais da metade das ações


postado em 20/01/2016 00:12 / atualizado em 20/01/2016 07:35

São Paulo – Afetada pela crise política, por problemas gerenciais e pela queda dos preços do petróleo no mundo, a Petrobras perdeu 85,55% do seu valor de mercado, entre o preço máximo histórico, de R$ 510,3 bilhões em 21 de maio de 2008, e o de segunda-feira, de R$ 73,7 bilhões. A drástica mudança de avaliação da companhia foi apurada em levantamento divulgado ontem pela empresa de informações financeiras Economatica. Foi a maior perda em termos nominais entre as 57 empresas que compõem o principal índice da BM&FBovespa, o Ibovespa.

A Petrobras encolheu R$ 436,6 bilhões em termos nominais. A vice-líder do processo de derretimento das ações foi a mineradora Vale, destacada entre um grupo de 28 companhias que compõem o Ibovespa as quais perderam mais de 50% do seu valor de mercado desde as máximas históricas até o pregão de segunda-feira. De acordo com a Economatica, a Gerdau Metalúrgica (GOAU4) é a companhia que teve maior percentual de queda.


Entre a sua máxima histórica – em 9 de junho de 2008, a companhia era avaliada por R$ 23,3 bilhões – e segunda-feira, as perdas foram de 95,77%, para R$ 988 milhões. Da perda do valor de mercado da Gerdau Metalúrgica, 90,5% ocorreram do fim de 2010 até o pregão de segunda-feira. Ainda no levantamento da Economatica, a Vale enfrente perda de R$ 233 bilhões, só do dia 31 de dezembro de 2010 à última segunda-feira, quer dizer 84,73% do seu valor de mercado.


A reação do mercado financeiro, ontem, foi imediata às declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, com a curva de juros seguindo caminho oposto ao que vinha apontando até a véspera. Os vencimentos mais curtos dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) passaram a cair, se ajustando a um aumento de 0,25 ponto percentual. Em contraposição, os vencimentos longos passaram a subir, indicando aumento da percepção de risco do Brasil – ou menor credibilidade do Banco Central.

Além do Fundo Monetário Internacional (FMI), que revisou a queda do PIB brasileiro, duas agências de classificação de risco se manifestaram hoje sobre as perspectivas para a economia brasileira. A Fitch Ratings afirmou em relatório que a recessão econômica brasileira pode ser mais profunda e prolongada do que anteriormente previsto. A Standard & Poor's foi na mesma direção e disse que o Brasil deve continuar sendo afetado por escândalos políticos e uma recessão em 2016. A previsão da S&P é que no País e em outras nações da América Latina, como a Venezuela, o conturbado cenário político doméstico seja um fator que vá pesar, este ano, na avaliação do rating soberano.

Dólar e bolsa em alta

O dólar voltou a ganhar força frente ao real e encerrou o pregão de ontem cotado a R$ 4,0549, com valorização de 0,51%. A alta foi atribuída essencialmente a Tombini, que alterou abruptamente as projeções do mercado para os juros da economia, ao comentar projeções mais pessimistas do FMI para o Brasil. A Bovespa ignorou a nota do BC, comentando as novas projeções para o crescimento do Brasil e do mundo e trabalhou o dia todo em alta. As ações ordinárias da Vale (ON) subiram 3,26%, Vale PNA, 1,29%, mas os papeis com direito a voto da Petrobras (ON) cederam 2,38%, enquanto as ções ordinárias se desvalorizaram 2,92%.

Na reta final da sessão, no entanto, a virada para o vermelho das bolsas norte-americanas fez com que o mercado brasileiro desacelerasse. O Ibovespa terminou o dia em alta de 0,32%, aos 38.057,01 pontos. Na mínima, marcou 37.941 pontos, ficando praticamente estável, e na na máxima foi a 38.857 pontos, com variação de 2,42%. No mês, acumula perda de 12,21%. O giro financeiro totalizou R$ 4,112 bilhões.


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