As Bolsas asiáticas e o petróleo voltaram a registrar quedas expressivas nesta quinta-feira, em mais um dia de forte volatilidade nos mercados mundiais.
Depois de um início de sessão em alta, à tarde os mercados da China e Japão, impactados pelas cotações do petróleo, voltaram a operar em baixa.
Nem o anúncio do Banco Central da China de uma injeção de 400 bilhões de yuanes (quase 60 bilhões de dólares), o maior valor nos últimos três anos, impediu a queda das Bolsas.
A Bolsa de Xangai, que já perdeu quase 16% no decorrer do ano, encerrou o dia em queda de 3,23%. A de Shenzhen, a segunda principal da China continental, perdeu 4,01%, enquanto Hong Kong caiu 1,82%.
O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 2,43%. Seul foi a exceção, com uma alta moderada de 0,5%.
As Bolsas europeias operam de olho na reunião do comitê de política monetária do BCE e esperam uma "surpresa positiva", segundo analistas.
Os investidores não esperam mais medidas de estímulo, e sim palavras de incentivos ante os problemas nas Bolsas e o pequeno índice de inflação na Eurozona (0,2% em dezembro, apesar da meta de quase 2%).
No início das sessões de quinta-feira, a Bolsa de Paris operava em alta de 0,23% e Madri de 0,34%. Frankfurt perdia 0,16% e Londres 0,03%.
O petróleo também operava em baixa, no menor nível em 12 anos, em um círculo vicioso de oferta excessiva, demanda fraca e dólar forte.
O barril do West Texas Intermediate era negociado a 28,12 dólares e o barril de Brent a US$ 27,72.
A queda do petróleo, principal fonte de recursos da Rússia ao lado do gás, continua arrastando o rublo. Nesta quinta-feira, um dólar era negociado a 84,81 rublos, o menor nível histórico para a moeda russa.
Apesar da cotação, o Kremlin descartou um "colapso" da moeda russa.